Jornal de Campinas

Projeto foca na inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho



Lab Inclusão em parceria com OSC tem o desafio de incluir PCD que aguardam uma oportunidade de trabalho
 
Apesar dos tempos difíceis para se conseguir uma colocação no mercado de trabalho, Campinas possui cerca de 3 mil vagas de emprego para pessoas com deficiência (PCD) que ainda não foram preenchidas. O dado é do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho da Unicamp, em conjunto com o então Ministério do Trabalho (atualmente Secretaria do Trabalho, do Ministério da Economia).

O mesmo levantamento aponta que em 2010, de acordo com a releitura do Censo de 2018, existia em Campinas uma população de 35 mil pessoas com deficiências severas e graves, com faixa etária de 18 a 59 anos, todas aptas a ingressar no mercado de trabalho – o que representava 3,3% da população. Segundo a Lei de Cotas nº 8.213 de 1991, que aplica uma porcentagem para inclusão de pessoas com deficiência em empresas com mais de 100 funcionários, o número de reserva de vagas para cumprimento da cota em Campinas é de 7.008, sendo que 57,4% delas estão preenchidas,e o restante, não. 

Foi a partir desse panorama que a Fundação FEAC, por meio do programa Mobilização para Autonomia (MOB) cocriou e passou a investir no projeto LAB Inclusão, que tem o objetivo de aumentar a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, por meio da metodologia do emprego apoiado. O Lab Inclusão é executado por quatro Organizações da Sociedade Civil (OSC): Adacamp, AEDHA – Guardinha, Ceesd e Sorri Campinas. As OSC formam a Rede Lab inclusão, que trabalham de forma integrada e estão em contato constante para a troca de experiências e consequente aprimoramento do projeto. 

A metodologia do emprego apoiado atua desde a identificação do perfil e com o que a pessoa deseja trabalhar, faz o mapeamento da vaga e indicações de acessibilidade para dar condições para que a pessoa tenha condições de trabalhar, oferecendo apoio e acompanhamento pós colocação, não só para o empregado, mas também para a empresa que o contratou. Tudo isso aumenta as chances de sucesso da inclusão da pessoa com deficiência no mercado.

“Acreditamos que todos têm capacidades. No caso das pessoas com deficiência, suas histórias de vida que envolvem enfrentamento a preconceitos, muitos nãos e barreiras físicas, os tornam pessoas mais resilientes e capazes de lidar com adversidades e diversidades no ambiente de trabalho, além de proporcionar um ambiente com maior empatia entre os colaboradores, despertando a criatividade, desde que a inclusão seja de fato realizada de forma assertiva”, explicou Regiane Fayan, líder do MOB.

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