Jornal de Campinas

Pressão alta pode ser prevenida com mudança de hábitos alimentares e exercícios físicos

Aparelho mede a pressão arterial/Divulgação

Doença crônica e muitas vezes assintomática, a hipertensão (pressão alta) atinge mais de 30 milhões de brasileiros e é uma das maiores responsáveis pelas doenças cardiovasculares, principal causa de morte no Brasil e no mundo.  Cerca de 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) são potencializados pela hipertensão arterial sistêmica – HAS. A lista de ocorrência graves inclui infartos, derrames e doenças renais crônicas. Mas a boa notícia é que é possível detectar cedo e conviver bem com o problema, mantendo os riscos sob controle. Pressão alta: doença silenciosa representa risco de vida, mas é possível prevenir danos maiores com mudança de hábitos, como, por exemplo, controlar o sódio nos alimentos e praticar exercícios físicos.
 

“Em geral, a hipertensão é identificada quando existe uma elevação persistente da pressão arterial acima de 140 e/ou 90mmHg, medida com a técnica correta em pelo menos duas ocasiões diferentes, e sem que a pessoa esteja tomando nenhuma medicação anti-hipertensiva, por isso é importante o diagnóstico médico”, destaca Priscila Cannavan, enfermeira, especialista em cardiologia e professora do curso de Enfermagem do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden.
 

Membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) e da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Priscila explica que, frequentemente, a HAS é de fato assintomática, mas podem surgir sinais de que é preciso buscar assistência médica. “Os sintomas mais comuns são dor de cabeça, dor no peito, tontura, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento pelo nariz”, enumera. “Em caso de suspeita, podem ser feitos exames como o Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), além de outros que avaliam a saúde do coração como um todo, como eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico, importantes de serem incluídos em check-ups anuais”.

Fatores de risco

A professora do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden ressalta que a HAS é multifatorial. “Abrange fatores não modificáveis, como genética, ou seja, histórico familiar, sexo, idade e etnia, e outros modificáveis como sobrepeso ou obesidade, consumo de álcool, sedentarismo, apneia do sono e consumo de sódio, cuja principal fonte são alimentos como o sal e embutidos”, revela Priscila. “Se a pessoa tem predisposição, é essencial que busque uma alimentação mais saudável e a prática de uma atividade física, que colaboram para a manutenção do peso ideal”.
 

A especialista reforça que é preciso se conscientizar de que a HAS é uma doença crônica, ou seja, terá que ser tratada pelo resto da vida, mas que os modernos recursos da medicina, aliados à mudança de hábitos, podem proporcionar a redução dos danos e a melhoria da qualidade de vida. “São medidas que não apenas previnem a hipertensão, mas garantem a saúde do coração e do corpo como um todo”, finaliza Priscila Cannavan.


 

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