Biblioteca Pública Municipal fica ao lado da Prefeitura de Campinas-Centro/Foto: Arquivo JC
Festival Cidade da Cultura COMGÁS valoriza artista locais instituições da região
Campinas abre a circulação do Festival Cidade da Cultura COMGÁS no dia 13 de novembro com a Feira Afro Literária Laudelina de Campos Melo.


As escritoras Catita e Lilia Guerra são destaques na programação/Divulgação
A programação noturna do evento será realizada a partir das 19h30 horas, da sexta-feira, 14 de novembro, no Salão Vermelho do Paço Municipal de Campinas, ao som do grupo de afoxé Ibaô Inã ati Omi. Haverá celebração e reconhecimento de figuras e instituições de notória importância para a preservação e difusão da cultura afro-brasileira na cidade. As homenagens visam destacar o trabalho contínuo de guardiões da memória e da ancestralidade que são fundamentais para a identidade cultural campineira.
Destaque para a atividade Arena da Arena, dia 15, na Biblioteca Prof. Ernesto Manuel Zink, com promoção de debates e bate-papos com autores como os escritores Lilia Guerra e Catita. Na cidade, o festival termina com uma Performance artística da slamer Mileny (fundadora do Slam do ABC) e entrega de grafites nas salas da Casa do Hip Hop, no dia 16.
Além da proposta de valorizar os artistas locais e talentos da terra, o evento celebra a diversidade cultural e o fortalecimento da comunidade local a partir das diversas áreas de expressão artísticas. “O Cidade da Cultura Comgás vai onde a cultura pulsa”, diz o criativo Marcelo Sollero, diretor do Polo Cultural, realizador do festival.
Entre outras propostas do evento, vale ressaltar a formação de novos leitores nas escolas públicas, a valorização de artistas e escritores negros, a preservação da memória e ancestralidade e o combate ao racismo através da educação, além do fortalecimento de instituições culturais locais e a ampliação do acesso à cultura. Marcelo Sollero lembra também que o evento é inspiração para futuras gerações. “Ao promover o intercâmbio de saberes entre autores consagrados, artistas locais, educadores e estudantes, a Feira cria um ecossistema cultural vibrante que beneficia toda a comunidade campineira.”
Programação em Campinas
O projeto propõe uma programação que abrange desde a realização de homenagens a personalidades e instituições que são pilares da cultura negra local, passando por ações de formação literária para estudantes da rede pública, até a promoção de debates com expoentes da literatura afrobrasileira contemporânea e apresentações artísticas que exploram a riqueza da identidade negra.
A Feira Afro Literária Laudelina de Campos Melo se estabelece em Campinas como uma celebração da literatura e da cultura afro-brasileira, concebida para honrar a memória e o legado de uma das mais importantes ativistas sociais da história do Brasil. Este evento representa um marco na valorização da produção cultural negra na região, unindo tradição e contemporaneidade em uma programação rica e diversificada.
Laudelina de Campos Melo (1904-1991), figura central na organização das trabalhadoras domésticas e na luta antirracista, inspira um evento que busca refletir sua garra e seu compromisso com a justiça social através da potência da palavra e da arte. Sua trajetória de resistência e empoderamento se torna o fio condutor de todas as atividades propostas, conectando passado e presente em um diálogo transformador.
“A cultura é o alimento da alma, e a literatura negra é a memória viva de um povo que resistiu e venceu.” Através de quatro dias intensos de atividades, a Feira Afro Literária promove o intercâmbio de saberes, o acesso democrático à literatura e o fortalecimento da identidade cultural da comunidade de Campinas. Cada momento da programação foi cuidadosamente planejado para criar pontes entre gerações, tradições e formas de expressão, garantindo que a cultura afro-brasileira seja celebrada em toda sua complexidade e beleza.
O objetivo central da Feira Afro Literária Laudelina de Campos Melo transcende a simples realização de um evento cultural. Trata-se de um compromisso profundo com a transformação social através da cultura, reconhecendo que a literatura e as artes são ferramentas poderosas para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e consciente de sua história.
AGENDA
Dia 13 de novembro – Quinta – durante o dia
Feira Afro Literária Laudelina de Campos Melo
Ações educativas de formação literária em escolas públicas com a participação da escritora Lilia Guerra e da slamer Mileny.
Dia 14 de novembro – Sexta – 19h30
No Salão Vermelho do Paço Municipal de Campinas – Av. Anchieta, 200 – Centro
Abertura oficial e homenagens – Música com o grupo de afoxé Ibaô Inã ati Omi.
Homenageados:
Aureluce Santos (In Memoriam) – A eterna “Dama do Samba Campineiro” deixou legado na música e cultura da cidade. Cantora e compositora de voz marcante (falecida em 2020) foi uma figura central na cena do samba de raiz, e sua contribuição continua a ser celebrada, como na recente nomeação de um coreto na Vila Industrial em sua honra.
Mãe Iberecy (In Memoriam) – Líder espiritual, compositora e fundadora do afoxé Ibaô Inã ati Omi. É da Casa de Cultura Ibaô.
Seu Valdir de Oliveira – Escritor, historiador e pesquisador.
Dia 15 de novembro – sábado
Das 14 às 19h
Na Biblioteca Prof. Ernesto Manuel Zink – Rua Benjamin Constant, 1633.
Projeto Arena da Palavra – Rodas de conversas literárias com escritores.
Entre uma conversa e outra, acontecem contação de histórias e danças da cultura popular.
Escritores – Lilia Guerra, Catita, Vivi de Paula e Maria Alice da Cruz.
Mediadora – Odara Conecta.
Dia 16 de novembro – Domingo
Entrega de grafites nas salas da Casa do Hip Hop.
Performance Artística de Encerramento
Casa do Hip Hop. R. Francisco Teodoro, 1030 – Vila Industrial
Apresentação e oficina de Mileny, fundadora do Slam do ABC e campeã paulista de poesia falada, na Casa do Hip Hop (Rua Francisco Teodoro, 1030 – Vila Industrial,Campinas – SP, em horário a confirmar. @eusoumileny


