Jornal de Campinas

Pedagoga orienta como prestar a prova do Vestibular da Unicamp

Vestibular 2023 da Unicamp terá participação de candidatos de várias regiões do Brasil

Balão de entrada da Universidade de Campinas/ JC_arquivo

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Vestibular da Unicamp

Vestibular da Unicamp exige varias estrategias Divulgacao
Vestibular da Unicamp exige várias estratégias/Divulgação

Considerado um dos mais concorridos do país, processo seletivo da Universidade Estadual de Campinas exige preparo consistente, estratégia e equilíbrio emocional

Reconhecido pela excelência acadêmica e pela tradição em inovação, o vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é um dos mais disputados do Brasil. No ano passado, cerca de 64 mil candidatos se inscreveram para disputar pouco mais de 2,5 mil vagas em diversos cursos de graduação.

 

Segundo Fernanda Silveira, coordenadora do Ensino Médio do colégio Progresso Bilíngue, de Campinas/SP, a prova organizada pela Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) é um verdadeiro teste de resistência intelectual. “O vestibular da Unicamp é projetado para selecionar candidatos que demonstrem não apenas conhecimento, mas também a capacidade de análise crítica, argumentação e clareza na comunicação. É um processo que avalia múltiplas competências de forma integrada”.
Mais do que avaliar conteúdos, o vestibular da Unicamp testa competências essenciais para a vida universitária: leitura crítica, argumentação, clareza na escrita, domínio conceitual e resistência emocional. “Além do estudo consistente, é essencial que o estudante invista em seu repertório sobre temas da atualidade, por meio de jornais, filmes e artigos. Treinar a gestão do tempo também faz a diferença para conseguir concluir a prova com tranquilidade. Realizar simulados cronometrados e exercitar estratégias para lidar com as áreas de maior dificuldade é fundamental”, recomenda Fernanda.

 

Estrutura do vestibular

 

O processo seletivo da Unicamp é composto por três fases. A primeira, que acontece no próximo domingo, 26 de outubro, é uma prova objetiva com 72 questões de múltipla escolha, abrangendo todas as áreas do conhecimento: Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática. Essa etapa é classificatória e eliminatória, e o desempenho do estudante tem peso significativo na nota final.
As perguntas de múltipla escolha da primeira fase são conhecidas por cobrar conteúdos de forma interdisciplinar, relacionando diferentes áreas do conhecimento. Além disso, exigem interpretação refinada de textos, gráficos e tabelas. “A primeira fase é decisiva, porque já elimina muitos candidatos e define a classificação inicial. Para ser aprovado, o estudante precisa de uma preparação que envolve, obrigatoriamente, treino e estudo constantes”, explica a coordenadora do Progresso Bilíngue.
A segunda fase é composta por 26 questões discursivas, dividida em dois dias consecutivos de provas dissertativas, prevista para acontecer nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. No primeiro dia, os candidatos respondem a questões de Língua Portuguesa, Literatura, Inglês e Redação, que tradicionalmente apresenta duas propostas de redação, das quais o candidato deve escolher apenas uma para desenvolver. No segundo dia, as áreas cobradas variam de acordo com o curso escolhido, incluindo Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e, em alguns casos, disciplinas específicas.
O formato da segunda fase é aberto e demanda do candidato a capacidade de expor ideias com clareza, justificando respostas e apresentando raciocínios completos. “A segunda fase exige profundidade nas respostas e clareza na exposição do raciocínio. Não basta acertar o resultado, é preciso demonstrar domínio do conteúdo e organizar a resposta de forma estruturada, como se fosse um mini ensaio ou um relatório”, destaca Fernanda.

Já a terceira fase é composta por provas de habilidades específicas, obrigatórias apenas para candidatos a cursos como Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais, Dança, Licenciatura em Música e Música Popular.

 

Redação

Um dos diferenciais do vestibular da Unicamp está na prova de redação. Ao contrário de outros exames, a Unicamp oferece duas propostas de texto, que podem variar entre gêneros como artigo de opinião, carta, manifesto ou resenha. O candidato deve escolher uma delas e desenvolver sua produção de acordo com as orientações.
“Essa variedade exige do candidato não apenas domínio da norma culta, mas também flexibilidade e repertório cultural amplo. O candidato precisa treinar diferentes gêneros textuais e, sobretudo, compreender suas finalidades comunicativas. O avaliador busca textos claros, bem estruturados, e que dialoguem com a proposta apresentada”, explica.

 

Conteúdos cobrados na prova

Outro ponto importante é a forma como a prova distribui as questões entre as disciplinas. Em todas as fases, a Unicamp busca contextualizar os enunciados em situações reais e atuais, valorizando a capacidade de análise crítica, interpretação e argumentação dos estudantes. Por isso, o candidato precisa compreender conceitos em profundidade e ser capaz de aplicá-los em diferentes contextos.

 

Controle emocional durante o processo

“É comum que o candidato sinta a pressão diante de uma prova com alto nível de concorrência. Técnicas de respiração, organização de rotina de estudos e simulações em condições semelhantes às do exame ajudam a diminuir a ansiedade e aumentar a autoconfiança”, orienta a coordenadora.
“Quem encara a preparação com seriedade percebe que o processo vai além da aprovação. Independentemente do resultado, o candidato amadurece intelectualmente e adquire habilidades que o acompanharão em toda a trajetória acadêmica e profissional”, conclui Fernanda.

 

 

Fernanda Silveira é pedagoga e psicopedagoga, com 10 anos de experiência na gestão pedagógica do Ensino Médio, tem atuação no acompanhamento acadêmico dos estudantes e no fortalecimento de suas trajetórias rumo ao vestibular e às suas escolhas para o futuro. Atua como coordenadora pedagógica do Ensino Médio das unidades do Progresso Bilíngue em Campinas (Cambuí e Taquaral).

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