Jornal de Campinas

Meninas na Ciência: como as escolas podem incentivar futuras cientistas

Alunas recebem instruções do professor/ Imagem: Colégio Porto Seguro_Divulgação

Meninas na Ciência

As mulheres ainda são minoria nas ciências, representando apenas 30% dos cientistas no mundo, segundo a Unesco. Para mudar essa realidade, especialistas defendem que o incentivo às meninas deve começar ainda na escola, em um ambiente que valorize e estimule sua participação. Neste Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, é essencial destacar iniciativas que promovem a equidade de gênero nas áreas científicas. No Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo e Valinhos, diversas ações vêm transformando esse cenário, inspirando alunas a explorar carreiras científicas e obter reconhecimento em competições acadêmicas.

 

Em 2024, alunas do Porto Seguro conquistaram 173 medalhas em competições científicas. O resultado reforça a crescente participação feminina nas áreas de Biologia, Física, Química e Tecnologia. Entre os destaques estão a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (79 medalhas), a Olimpíada Brasileira de Robótica (40 medalhas) e a Olimpíada Nacional de Ciências (27 medalhas).

 

“O incentivo às meninas no campo das ciências não se limita ao desenvolvimento de habilidades acadêmicas. Buscamos sempre destacar o trabalho de cientistas mulheres e incentivar a participação das alunas em desafios práticos, visando ao desenvolvimento de suas competências na área de ciências e à ampliação de suas perspectivas profissionais”, explica Carlson Toledo, diretor institucional do Ensino Médio do Porto Seguro.

 

Resultados

As alunas do Porto Seguro se destacam não apenas em olimpíadas como também em feiras e competições de inovação. Entre os casos de sucesso está Gabriella de Carvalho Penazzi, que, além de conquistar uma medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica de 2024, foi classificada para seletivas das olimpíadas internacionais de astronomia.

 

Outro exemplo é Laura Azeredo da Silveira, ex-aluna do Campus Valinhos, que conquistou uma medalha de bronze na Olimpíada Nacional de Ciências de 2022 e atualmente cursa Química na Unesp.

 

Os Itinerários Formativos do colégio também incentivam a inovação, permitindo que alunas desenvolvam projetos reconhecidos em competições como “Você Inovando o Futuro”, promovido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, e a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace).

 

“O compromisso do Porto Seguro em ampliar a presença feminina nas ciências começa na base”, afirma Juliana Rovere, coordenadora de Química. “As aulas de Biologia, Física e Química apresentam histórias de cientistas mulheres que revolucionaram suas áreas, como Marie Curie, a primeira pessoa a ganhar dois Prêmios Nobel, e Rosalind Franklin, que foi fundamental para a descoberta da estrutura do DNA”, exemplifica.

 

“Trazer referências femininas inspira as alunas a se enxergarem como cientistas, engenheiras e inovadoras. Isso gera confiança e reforça que a ciência também é para elas”, afirma Andrea Salmazo, coordenadora de Física do colégio.

 

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