Jornal de Campinas

Pesquisa Ciesp aponta que 20% da indústria regional faz uso de energia limpa

Prédio de empresa com placas de energia solar/Divulgacao

Pesquisa Ciesp

A Regional Campinas do Ciesp apresentou nessa terça (18), a Sondagem Industrial de fevereiro, realizada entre as empresas associadas.  E, a partir de respostas de um questionário, traz o panorama dos principais indicadores do setor, bem como o comparativo de resultados com fevereiro de 2024. A sondagem também aborda a transição para o uso de fontes de energia mais sustentáveis (limpas).

 

A pesquisa aponta que 20% das associadas utilizam energia sustentável. Em fevereiro do ano passado era 13% o uso. O número de empresas que estão desenvolvendo projetos para utilização de energia sustentável reduziu em 20% nesse início de 2025, em relação a 47% de 2024.

 

Outros indicadores também mostraram a evolução dessa transição energética. O uso de energia solar fotovoltaica aumentou de 7% para 10%, de um ano para o outro. O mesmo ocorreu com o uso de gás natural pelas indústrias, que apresentou aumento de 20%, no mesmo período comparado.

 

O vice-diretor do Ciesp-Campinas, Stefan Rohr, também diretor do Departamento de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho da entidade, comenta que a velocidade dessa transição poderia ter sido maior por parte das empresas, mas ficou retraída pelo aumento do dólar no período. “Mesmo na utilização de energia fotovoltaica, as placas são importadas, o que encarece para as empresas em função da alta do dólar. E isso obviamente tem reflexo na velocidade dessa transição energética para as empresas”, explica Rohr.

Stefan Rohr ,vice-diretor do Ciesp-Campinas e Diretor do Departamento de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho/Foto Divulgação

Sondagem Industrial

 

Em relação aos indicadores específicos da Sondagem, o diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, afirma que o volume de produção (aumentou 30%) e o faturamento (aumentou 40%). Esse crescimento fica evidente, mostrando que as empresas compraram para evitar a alta do câmbio.

Na avaliação do diretor, 60% das empresas associadas apontaram que a sua capacidade instalada de produção ficou entre 70,1% e 100% no mês de fevereiro. Isso para ele, comprova o aumento da produção no período.

Toledo Corrêa finalizou que os próximos meses devem ser de “muitas emoções, tanto por parte da política interna brasileira, como pela política internacional”.

 

Diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa/Divulgação

 

Balança Comercial Regional 

 

O primeiro vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldana, comenta os números da Balança Comercial Regional. No acumulado do ano de 2024, as exportações foram de US$ 3,483 bilhões, 3,8% menor que em 2023. Já as importações de 2024 foram de US$ 12,22 bilhões, 9% maior que em 2023. No acumulado do ano passado, a corrente de comércio exterior (soma das importações e exportações) chegou a US$ 15,7 bilhões, 5,8% maior que em 2023.

No ano de 2024, os principais municípios exportadores foram: Campinas (28,25%), Paulínia (23,18%), Sumaré (10,79%), Mogi Guaçu (9,10%), Conchal (6,72%) e Valinhos (4,90%). Já os principais importadores em 2024 foram: Paulínia (36,84%), Campinas (28,93%), Hortolândia (8,32%), Jaguariúna (8,09%), Sumaré (7,08%) e Valinhos (5,0%).

 

Valmir Caldana, primeiro vice-diretor do Ciesp-Campinas/ Foto: Divulgação

Balança Janeiro 2025 

 

Em janeiro de 2025 o valor exportado foi de US$ 252,2 milhões – 17,77% menor que em janeiro de 2024. Já as importações no mesmo mês foram de US$ 1,011 bilhão – 5,29% maior do que em janeiro do ano passado. O saldo em janeiro de 2025 foi negativo em US$ 759,1 milhões – 16,10% maior que o registrado em janeiro de 2024.

A corrente de comércio exterior regional (soma das exportações e importações) em janeiro de 2025 foi de US$ 1,263 bilhão – 0,29% menor que em janeiro de 2024.
Em janeiro de 2025, os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem: Campinas (32,46%), Paulínia (22,02%), Mogi Guaçu (10,03%), Sumaré (9,72%), Conchal (4,83%) e Valinhos (4,80%).

Já os municípios que mais importaram foram: Paulínia (32,32%), Campinas (31,34%), Sumaré (9,80%), Jaguariúna (7,77%), Hortolândia (7,10%) e Valinhos (5,21%). O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da Regional no Balanço Mensal.

Os três principais destinos das exportações da indústria regional em janeiro de 2025 foram: Estados Unidos (US$ 47,49 milhões – 18,82%), Argentina (US$ 31,26 milhões -12,39%) e Países Baixos – Holanda – (US$ 14,40 milhões – 5,71%). Principais países de origem das importações para a região: China (US$ 278,12 milhões – 27,50%), Estados Unidos (US$ 145,59 milhões – 14,39%) e Índia (US$ 87,55 milhões – 8,66%).

 

Perfil

 

O Ciesp-Campinas conta com 590 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios da região. O faturamento conjunto das empresas associadas é de R$ 53 bilhões ao ano. Conjuntamente essas empresas empregam 97.954 colaboradores.

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