Jornal de Campinas

Prefeitura de Campinas apresenta projeto de microflorestas urbanas

Segundo secretário, o que se propõe com as microflorestas é uma nova biologia da paisagem urbana (Foto: Rogério Capela)

Implantação e adoção de microflorestas urbanas visa amenizar as mudanças climáticas

O projeto de implantação de microflorestas urbanas foi apresentado pela Prefeitura de Campinas nesta quarta-feira, 26 de março. O objetivo das microflorestas é proporcionar mais sombra, melhorar a qualidade do ar, diminuir a temperatura em ilhas de calor, servir de abrigo à pequena fauna urbana e muito mais. É uma iniciativa no combate às mudanças climáticas.

 

A apresentação do projeto, que detalha a implantação e o programa de adoção de microflorestas, foi feita pelo secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella. O projeto, tanto no plantio nas áreas, quanto no acompanhamento do programa de adoção, será de gestão da Secretaria de Serviços Públicos. As áreas terão placas de identificação

 

Um projeto de lei com os detalhes da implantação e adoção das microflorestas será enviado à Câmara Municipal de Campinas. Porém, a Prefeitura já pode iniciar o plantio nas áreas que receberão as microflorestas. A necessidade de uma lei, neste caso, é para o programa de adoção.

 

Segundo o prefeito de Campinas, Dário Saadi, o projeto das microflorestas vem para potencializar o plantio de árvores na cidade. “Em outros países é uma experiência de sucesso. A aglomeração de árvores permite mais árvores em espaço menor e, com isso, a cidade aumenta a capacidade de combater as ilhas de calor. Os espaços urbanos serão otimizados, dentro de regras, respeitando as normas existentes de arborização urbana. A arborização tradicional vai continuar a ser feita e agora vamos agregar este novo formato, das microflorestas”, disse o prefeito.

 

“O que se propõe com este projeto é uma nova biologia da paisagem urbana. A importância das microflorestas é ampliar o sombreamento, que pode diminuir de até três graus onde são implantadas e contribuir para combater as ondas de calor; servir de refúgio para a pequena fauna urbana, oferecendo abrigo, alimento e possibilidade de reprodução dos animais; filtrar o ar; valorizar o meio urbano; captação do gás carbônico e do metano, que é mais agressivo”, explica o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella.

 

O secretário explicou que a implantação da primeira microfloresta deve ter início em cerca de 10 dias, no Balão do Laranja, no Jardim Novo Campos Elíseos, na avenida Presidente Juscelino.

 

O que são as microflorestas?

 

Microflorestas urbanas são aglomerados de árvores, com distanciamento de aproximadamente um metro entre elas. O secretário Ernesto Paulella explicou que a meta é implantar 200 microflorestas na cidade, em áreas de tamanhos de 200, 300, 400 até 1.000 metros quadrados. “Serão utilizados espaços pequenos, como praças, rotatórias ou locais isolados em parques públicos. As árvores para compor as microflorestas poderão vir do Viveiro Municipal Otávio Tisseli Filho ou por meio de doações e/ou compensações ambientais”, explicou.

 

As mudas a serem plantadas foram selecionadas criteriosamente. Serão utilizadas espécies como peroba-rosa; jequitibá; pau-brasil; jatobá; guarantã; pau-óleo; ipês rosa, roxo, branco e amarelo; paineiras; quaresmeira; entre outras.

 

Países como Holanda, Austrália e França já adotam as microflorestas urbanas.Em Campinas, serão priorizadas as regiões com risco de onda de calor nos distritos do Campo Grande, Ouro Verde, Nova Aparecida, Barão Geraldo, Sousas e Joaquim Egídio e regiões dos bairros como Vila Costa e Silva, Vila Miguel Vicente Cury e Jardim Santa Mônica. O estudo que mapeou essas áreas foi feito pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

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