
Capa do livro de Vania Ferrari_Divulgação
Acostumada com os palcos e em disseminar suas ideias para grandes plateias, Vania Ferrari decidiu desafiar seu poder de comunicação escrevendo uma história surpreendente.
Em “Cicatrizes”, o público acostumado com a temática do mundo do trabalho, que ensina que “é possível trabalhar e ser feliz no mesmo lugar”, se vê em meio a um thriller capaz de fazer o leitor querer ser parte da história e ajudar na solução de um mistério.
O livro tem lançamento marcado em São Paulo no dia 8 de novembro, sábado, a partir das 16h00, no Finnegan’s Pub, um bar irlandês temático que foi inspiração para várias cenas do romance, ou seja, os convidados estarão imersos na atmosfera de parte importante do enredo, e neste encontro, várias “pistas” estarão a disposição dos leitores mais ávidos por desvendar mistérios.
“A escrita de ‘Cicatrizes’ me trouxe uma melancolia profunda, que acabou no momento exato em que concluí a escrita. Nesse sentido, posso dizer que o livro foi meu veneno e também seu antídoto. Apesar de difícil, esse processo de escrita me conectou com a leitora apaixonada que sou, e homenageia os meus escritores favoritos” – Vania Ferrari, palestrante e escritora
“Cicatrizes” é um romance violento e “super gay” – pelas palavras da própria autora –, que domina o leitor e o faz esquecer o que acontece ao seu redor. Ambientado entre os anos 1980 e 1990, numa cidade do interior, o livro fala de uma menina que tenta compreender o que a faz sentir-se tão “inadequada” para os padrões da época.
Em paralelo, na capital, ocorrem inúmeros crimes cujos autores se intitulam “lixeiros do mundo” munidos de carta branca para eliminar seres “diferentes” deles. Guiados por seus próprios critérios, aqueles que agem como seres abjetos, são merecedores da pena de morte aplicada por quem se julga acima da lei.
Antagonizando com as cenas de violência, há o poético “Bar do Meio” onde acontecem saraus literários, regados a álcool e erudição, que expõem o lado romântico e humanista desta mesma cidade. Mas que segredos atravessam esses personagens e como eles se relacionam na narrativa? Como seus desejos e seus medos se cruzam na história?
“Sempre bebi na fonte do suspense: de Edgar Allan Poe a Patrícia Melo. Todos eles estão, de certa maneira, presentes na história e em especial na criação da ‘Pinga-Livros’, uma personagem misteriosa do livro que recita trechos de clássicos quando alguém paga uma dose de bebida para ela. A personagem é praticamente um jukebox, que ao invés de músicas, solta literatura do mais alto nível.” – Vania Ferrari
Em “Cicatrizes”, primeira obra de ficção de Vania Ferrari, vemos um texto envolvente e fluido, capaz de nos fazer viajar entre o interior de São Paulo e a capital. Nas décadas de 80 e 90, ainda era um grande tabu pertencer ao grupo LGBTQIAP+ – ou só GLS, parafraseando Vania – então as pessoas eram obrigadas a se esconder, viver nas sombras e reclusas. A obra também mostra a libertação de quem passa a se tornar visível com os avanços sociais. Entre crime e cura, há ódio e paixão, perdição e salvação. E ainda um final que te prenderá até a última linha.
Sobre a autora:
Vania Ferrari nasceu em 1971, na cidade de São Paulo. Formada em Comunicação Social, pós-graduada em Neurociência e MBA em Gestão de Pessoas, atuou por trinta anos como executiva de grandes marcas. Em 2013, abriu uma empresa de treinamento e desenvolvimento, com sua esposa Anna Nogueira. Atualmente, ministra cursos, palestras e workshops mundo afora. Já passou por países como Japão, Singapura, Tailândia, Estados Unidos, França, Chile, Peru, entre outros.
Lê compulsivamente e encontrou na literatura uma fonte de alegria e crescimento. Seu romance de estreia, Cicatrizes, abre novos caminhos para sua vocação de falar abertamente sobre temas complexos, porém necessários, para a construção de uma sociedade mais justa e humana.