Índice é superior ao mesmo período de 2020; pelo segundo ano consecutivo, Brasil é líder em cirurgias plásticas realizadas no mundo
O Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo. De acordo com levantamento recente divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), organização global que congrega cirurgiões estéticos de 110 nações, em 2019 o país respondeu por 13,1% do total de procedimentos, seguido dos Estados Unidos, com 11,9%. Este é o segundo ano consecutivo em que a avaliação do ISAPS destaca a liderança brasileira. “Não fosse a pandemia de Covid-19, manteríamos esta performance ascendente também em 2020”, afirma o cirurgião plástico Juliano Pereira, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Já no início de 2021, no entanto, os sinais de recuperação são perceptíveis, com um aumento de quase 50% na procura por procedimentos estéticos, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O ISAPS aponta que o número de cirurgias plásticas realizadas no mundo é 7,4% superior ao de 2018 (5,6%). Em 2019, foram feitos 11.363.569 procedimentos, sendo 1.493.673 no Brasil.
De acordo com o levantamento global, a mamoplastia de aumento continuou sendo a cirurgia mais procurada em 2019, representando 15,8% dos procedimentos. Na estatística, destacam-se ainda lipoaspiração, cirurgia das pálpebras, abdominoplastia e rinoplastia.
Expectativa para 2021
Em 2020, a pandemia de Covid-19 impôs, por segurança, restrições à realização de cirurgias plásticas. “A tendência é que o levantamento do ISAPS, divulgado sempre no final do ano seguinte, espelhe esta realidade, embora se tenha registrado uma alta significativa na procura pelos procedimentos, algo em torno de 30%, entre os meses de setembro e outubro”, observa o cirurgião Juliano Pereira.
Para o início de 2021, o panorama é ainda mais otimista, em função do aumento de cerca de 50% na procura por cirurgias plásticas. “A pandemia gerou, por assim dizer, uma demanda reprimida por procedimentos estéticos”, afirma o médico.
O fato de terem permanecido mais em casa durante a quarentena, avalia Juliano Pereira, fez com que as pessoas se observassem com mais cuidado. “Elas começaram a olhar mais atentamente para aspectos da aparência e da saúde que precisam e podem ser aprimorados”, diz. “Por isso, estão recorrendo mais aos especialistas em cirurgia plástica para realizar procedimentos que passaram a ser desejados por elas com o propósito de melhorar a autoestima e o bem-estar”, completa.
Destaques do levantamento ISAPS 2019
– A maior parte dos procedimentos cirúrgicos foi realizada em mulheres com idade entre 35 a 50 anos.
– Entre os homens, as três cirurgias mais comuns foram ginecomastia, cirurgia das pálpebras e lipoaspiração.
– As cirurgias nas pálpebras ganharam popularidade entre os homens.
– A maior parte das mamoplastias de aumento (53,9%) e rinoplastias (64,5%) ocorreu em jovens de 19 a 34 anos de idade.
– A rinoplastia continuou sendo o procedimento estético mais comum em pacientes com 18 anos ou menos.
– Os procedimentos não cirúrgicos mais populares para ambos os sexos são toxina botulínica, ácido hialurônico e remoção de pelos.