Serviços, Indústria e Comércio garantiram o saldo positivo no mercado de trabalho formal
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou um saldo positivo de 8.808 postos de trabalho em julho de 2021. De acordo com o economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), os setores que se destacaram foram os de Serviços, a Indústria e o Comércio. Juntos, esses setores geraram 7.598 postos, cerca de 86,32% do total de vagas abertas em julho. No acumulado do ano, foram abertas 46.725 novas vagas, o que representa um aumento percentual de 245,21% acima dos 32.177 postos de trabalho com carteira assinada eliminados no acumulado de 2020.
Campinas também registrou aumento
Em Campinas foram gerados, em julho, 3.192 novos postos de trabalho, também com destaque para Serviços, Comércio e Indústria, responsáveis pela abertura de 3.069 vagas (95,21%). No acumulado do ano, apenas em Campinas, foram gerados 15.724 postos, 196,98% acima das 16.247 vagas eliminadas no acumulado de 2020. A avaliação tem como base o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Cidades da região
Das 20 cidades da RMC, apenas duas tiveram percentuais negativos na quantidade de contratações em julho, e ambas com -0,18%: Engenheiro Coelho que abriu 99 apenas e eliminou 106, perdendo sete postos de trabalho, e Valinhos com 1.546 contratações e 1.625 demissões, apresentou saldo negativo de 79 postos de trabalho. Os melhores percentuais no saldo de vagas são de Holambra, com 2,11% (501 admissões e 289 demissões com saldo positivo de 212 vagas), Paulínia, com 1,73% (2.222 contratações e 1.438 desligamentos, com saldo de 784 postos) e Nova Odessa, com 1,68%, considerando as 1.141 novas vagas abertas e 790 fechadas, com saldo de 351 ofertas de emprego com carteira assinada.
No entanto, seja no acumulado do ano (2021) ou nos últimos 12 meses, todos os municípios da região apresentam saldos positivos de oferta de trabalho. Em 2021 (janeiro a julho), os melhores percentuais foram registrados em Monte Mor, com um crescimento de 9,13% (saldo de 1.016 vagas abertas, considerando as 3.881 demissões X 2.865 demissões), Artur Nogueira, com 8,29% (saldo de 651 vagas, sendo 2.449 contratações e 1.798 desligamentos) e Paulínia, com 7,18% de aumento nas contratações e saldo de 3.080 vagas abertas (13.408 novos postos X 10.328 demissões).
No comparativo dos últimos 12 meses (agosto de 2020 a julho de 2021), destacam-se Monte Mor, com 16,79% (6.341 admissões X 4.594 demissões e saldo de 1.747 vagas), Nova Odessa, com 16,11% e saldo de 2.952 novos postos de trabalho (12.007 contratações X 9.055 desligamentos) e Holambra, com 14,22% e 1.280 vagas abertas, considerando os 5.090 novos postos de trabalho com carteira assinada e as 3.810 demissões).
Avaliação
“Verificamos que a geração de emprego formal no período janeiro a julho de 2021 é a maior desde 2013, na RMC (46.725 em 2021 X 20.400 em 2013) e, também, em Campinas (15.724 /2021 X 6.561 /2013). Os dados mostram uma recuperação satisfatória no emprego frente à pandemia da Covid-19, que já aponta uma redução nos índices de contaminações e mortes frente aos efeitos da vacinação que vem sendo mais evolutiva. Mantida essa tendência frente ao coronavírus, é viável que até o final do ano a Região Metropolitana de Campinas deva gerar mais postos de trabalho do que em 2019, aliviando a pressão na economia”, avalia o economista.
Em nível nacional, segundo o Novo Caged, o emprego formal, com carteira assinada, em julho de 2021 registrou um saldo de 316.580 postos de trabalho, resultante de 1.656.182 admissões e de 1.339.602 demissões. No acumulado do ano até julho de 2021 foi registrado um saldo de 1.848.304 empregos, resultantes de 11.255.025 admissões e de 9.406.721 desligamentos.
Os segmentos que mais geraram postos de trabalho entre junho e julho de 2021 foram a Indústria (17,15%) e a Agropecuária (13,88%). “Na avaliação dos números nacionais, entre julho e junho de 2021, destaca-se uma expansão positiva de 2,42%. No entanto, houve uma redução de 19,42% nas contratações no Comércio, de 21,54% na Construção Civil.