Geração Z
Busca por um estilo de vida leve coincide com aumento do interesse por relacionamentos como a hipergamia

A Geração Z não quer mais virar a noite em baladas regadas a álcool, mas quer conexão menos rasa e atividades diurnas. É o que relata Daniela Klaiman, CEO da consultoria FutureFuture, em estudo sobre o tema, “A Morte Lenta das Madrugadas Urbanas”. Segundo o documento, o que era sinônimo de liberdade, rebeldia e descobertas vem perdendo força diante de transformações culturais.
De acordo com a consultora, essa geração não precisa mais da vida noturna para afirmar sua identidade. O álcool perdeu espaço, e a queda das baladas noturnas não é uma moda passageira. Novos comportamentos, tendências e caminhos possíveis são responsáveis por esse novo comportamento e um deles é a ascensão da hipergamia, tipo de relacionamento que mais gera interesse na Geração Z, de acordo com uma pesquisa do MeuPatrocínio em parceria com o Instituto Qualibest.
“Essa geração tem mais consciência e preocupação com a saúde mental e também com a responsabilidade emocional, optando por um modelo de relacionamento mais prático e descomplicado, como a hipergamia, ou estilo de vida Sugar, por ser uma escolha que valoriza a leveza”, comenta Caio Bittencourt, especialista em comportamento afetivo e relacionamentos do MeuPatrocínio.
De acordo com a pesquisa, 30% dos jovens entre 18 e 29 anos afirmam ter interesse em vivenciar o tipo de relação chamado hipergamia e 23% afirmam buscá-la também no ambiente online. Entre os que preferem se relacionar pela internet, 40% destacam como principal vantagem a possibilidade de filtrar pessoas por interesses e características. Outros 24% valorizam a praticidade e 20% afirmam que o ambiente online amplia o leque de possibilidades, permitindo conhecer mais pessoas.
“Não existe mais relacionamento 100% presencial. O processo mais importante em um relacionamento é a comunicação, e a forma como as pessoas se comunicam é hoje majoritariamente virtual. Sobretudo a Geração Z, que é nativa digital e já nasceu conectada”, analisa Caio.
Em meio a essas mudanças, a Geração Z está mudando o conceito de prazer, conexão e relacionamento. As madrugadas intermináveis com muito álcool mudaram para escolhas mais conscientes, seja na forma de cuidar da saúde mental, de buscar vínculos transparentes ou de viver experiências afetivas alinhadas a seus valores. A ascensão da hipergamia reflete esse novo paradigma: relações em que propósito, clareza e equilíbrio substituem excessos, incertezas e costumes ultrapassados.


