Jornal de Campinas

Logística Reversa está no foco para 46% das indústrias da região

José Henrique Toledo, Valmir Caldana e Stefan Rohr/Crédito: Roncon&Graça Com

A Logística Reversa de embalagens está no foco para 46% das empresas do setor indústrial da Região de Campinas. Já 55% delas têm alguma ação para reduzir a emissão de carbono. Os dados constam na Sondagem Industrial de abril, apresentada nesta terça, 30, pelo Ciesp-Regional Campinas. A pesquisa teve foco no processo de Logística Reversa de embalagens nas empresas associadas e também abordou a dinâmica em relação as práticas para redução da emissão de carbono das empresas em razão das suas atividades – a ‘pegada de carbono’.

O segundo vice-diretor do Ciesp-Campinas, Stefan Rohr, também diretor do Departamento de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho da entidade, afirma que as respostas das associadas sobre as dificuldades para atingir a meta da Logística Reversa apontam para um panorama com avanços e desafios.

Entre as dificuldades, 10% das respondentes indicaram a contratação de empresas habilitadas a executar o ciclo da Logística Reversa; para 26% delas está na aplicabilidade da Política Nacional de Resíduos Sólidos e 10% das associadas afirmam a necessidade de adequação nos contratos de fornecimento de produtos e serviços. Para 54% das empresas, essa legislação não se aplica.

O Brasil enfrenta desafios e avanços no desenvolvimento da Logística Reversa, um sistema essencial para a gestão sustentável de resíduos e o cumprimento das legislações ambientais. A Logística Reversa é uma abordagem que visa recolher, tratar e destinar corretamente os resíduos sólidos, desde sua origem até sua disposição final, priorizando a redução do impacto ambiental.

Pegada de Carbono

 

Em relação as ações que as empresas vêm desenvolvendo para reduzir as suas emissões de carbono, também denominada ‘pegada de carbono’, 55% das associadas afirmaram que já praticam ações para essa redução. Já 12% não tem nenhuma ação e para 33% não se aplica. “Avaliamos positivamente que, mais da metade das empresas já realizam ações para redução  das emissões de carbono”, acrescentou Rohr.

 

Indicadores

 

Em relação aos indicadores econômicos apontados pela Sondagem Industrial de abril, o diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, explica que devem ser analisados com cautela. “O volume de produção em abril aumentou 41% em relação ao mês anterior, o mesmo ocorreu com o faturamento (também de 41%), entre outros indicadores positivos, como estabilidade no emprego e no nível de inadimplência. Porém, com o fim da desoneração da folha de pagamento das empresas e a insegurança jurídica que vivemos atualmente, esse quadro deverá mudar nos próximos meses, com a possibilidade de aumento no desemprego”, afirma Corrêa.

Balança Comercial Regional 

 

O primeiro vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldana, comentou os números da Balança Comercial Regional. Em março de 2024, o valor exportado foi de US$ 296,8 milhões, 7,8% menor que março de 2023. Em março de 2024 o valor importado foi de US$ 898,9 milhões, 12% menor que no mesmo mês do ano passado. O saldo em março foi negativo em US$ 602,2 milhões, 14% menor que em março de 2023.

A corrente de comércio exterior (a soma das exportações e importações), em março de 2024 foi de US$ 1,195 bilhão, 11% menor que em março de 2023.

Em março de 2024, os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem: Campinas (28,8%), Paulínia (22%), Sumaré (11,4%), Mogi Guaçu (10,3%) e Conchal (6,8).

Os municípios que mais importaram foram: Campinas (34,5%), Paulínia (25,4%), Hortolândia (8,7%), Jaguariúna (8,4%) e Sumaré (8%). O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da Regional no Balanço Mensal.

Os três principais destinos das exportações da indústria regional em março de 2024 foram: Estados Unidos (US$ 58,63 milhões – 19,8%), Argentina (US$ 35,27 milhões -11,9%) e Países Baixos (US$ 22,26 milhões – 7,5%).

Principais países de origem das importações para a região: China (US$ 233,86 milhões – 26%), Estados Unidos (US$ 103,92 milhões – 11,6%) e Alemanha (US$ 66,01 milhões – 7,3%).

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