CNPEM, centro de pesquisa instalado em Campinas/Imagem divulgação
O Brasil será o primeiro país da América Latina a ter um laboratório de biossegurança nível 4 (NB4) e o primeiro do mundo conectado a uma fonte de luz síncrotron. E, Campinas se prepara para receber a construção nas dependências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
O projeto recebeu o nome Orion, em homenagem à constelação e às três estrelas do cinturão que apontam para a estrela Sirius. A segunda fase de desenvolvimento do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron – Sirius -, com a instalação do Orion entraram para o PAC do Governo Federal, anunciado em 11 de agosto. Orçado em R$ 1 bilhão, o complexo laboratorial terá 20 mil metros quadrados e tem inauguração prevista para setembro de 2026.
O novo complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos é de responsabilidade do CNPEM, organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e os recursos para sua implementação devem vir do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do MCTI. O Sirius, localizado em Campinas, no distrito de Barão Geraldo, é um dos três únicos aceleradores de partículas de 4a geração no mundo.
Em prol da saúde
O complexo de contenção biológica máxima vai permitir a condução de pesquisas com patógenos que podem causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade (das classes 3 e 4, conforme a versão mais recente da Classificação de Risco dos Agentes Biológicos). Os patógenos (principalmente vírus e bactérias) desses níveis são aqueles com maior necessidade de cuidados na contenção e contágio e podem causar doenças graves. Exemplos de vírus nessa classe incluem o Ebola, além dos vírus circulantes Sabiá, descoberto no Brasil, e o Junín, descoberto na Argentina.