
Vista aérea da Avenida Paulista/Divulgação
Maior incidência em crianças de até um ano reforça necessidade da vacinação
Infecção respiratória aguda caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada, a coqueluche é altamente contagiosa e apresenta crescimento em todo o continente americano, segundo relatório da OPAS. Até setembro, o estado de Estado de São Paulo registrou 418 infecções e duas mortes, de acordo com a Secretária Estadual de Saúde (SES-SP).
A doença apresenta alta prevalência entre crianças muito jovens: 27,7% dos casos ocorrem em menores de 1 ano, seguidos por 25,5% em crianças de 1 a 4 anos. E segundo a médica infectologista pediátrica Sylvia Freire, do Sabin Diagnóstico e Saúde, apesar do maior potencial de gravidade estar em menores de um ano, pode causar infecções em pessoas de todas as idades. “Dessa forma, é imprescindível a vacinação em crianças e também a aplicação de reforços na adolescência e na fase adulta”, explica.
“O esquema primário de imunização deve ser iniciado aos 2 meses de vida com novas doses aos 4 e 6 meses e reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Devem ser aplicadas outras doses de reforço ao longo da vida, conforme faixa etária e histórico prévio de imunização. Gestantes merecem especial atenção e devem ser vacinadas para oferecer proteção a seus bebês nos primeiros meses de vida, até que possam ser imunizados”, destaca a especialista do Sabin.
Adultos responsáveis pelo cuidado de crianças de baixa idade devem manter atualizada a vacinação para evitar infecções naquelas que ainda não atingiram idade para iniciar ou completar o esquema vacinal e têm maior risco de doença grave. Em muitos casos, bebês adquirem a infecção a partir do contato com irmãos mais velhos, pais, avós e cuidadores que apresentam sintomas leves e, infelizmente, demoram a chegar ao diagnóstico. “Como a proteção conferida pela vacina dura cerca de 5 a 10 anos, são necessários reforços na adolescência e idade adulta”, alerta a infectologista pediátrica.

A vacina para adultos em geral (sem ocupações específicas e fora da gestação e puerpério) está disponível apenas na rede particular. A vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto acelular) pode ser utilizada para início do esquema de imunização ou reforço em adultos, conforme histórico prévio. Para indivíduos que pretendem viajar para áreas endêmicas de poliomielite, a dTpa+VIP, que combina a proteção contra poliomielite, pode substituir a dTpa.
Tratamento
O tratamento da coqueluche envolve o uso de antibiótico, que ajuda a reduzir a gravidade dos sintomas quando iniciado precocemente. Cuidados de suporte, como hidratação e controle da febre, são igualmente importantes, indica Sylvia. “Todo o tratamento deve ser orientado por um médico, visando evitar complicações”, finaliza a infectologista pediátrica do Sabin.
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