Campinas registrou neste ano, até o mês de agosto, 132 casos de gripe causadas por influenza. Foram 71 casos de H1N1, 49 de H3N2, 11 de gripe A não subtipada e um por gripe B. Durante a campanha nacional de vacinação, foram imunizadas 222.530 pessoas dos grupos prioritários, o que representa uma cobertura de 86,26% do público-alvo, além de 70.588 do grupo de pessoas que já têm doenças de base (chamadas comorbidades), tais como diabetes, hipertensão, asma, entre outras.
Do total de casos registrados, 13 pessoas morreram, sendo seis por H3N2, seis por H1N1 e uma por gripe A, não subtipada. Em todos os casos, as pessoas eram dos grupos de risco e não haviam se vacinado.
Dos sete últimos casos confirmados, cinco são por H1N1: uma mulher de 63 anos, três homens, sendo um de 68 anos, com pneumopatia, e um de 34 anos e um de 61, ambos cardiopatas, e uma criança, de 3 anos, com doença neurológica. Os outros dois óbitos foram por H3N2: uma mulher de 87 anos e outra de 89, ambas pneumopatas. Os óbitos ocorreram entre 31 de maio e 21 de julho.
Segundo a diretora da Vigilância em Saúde de Campinas, Andrea von Zuben, o número de notificações tem diminuído, uma vez que a circulação do vírus é mais acentuada nos períodos de baixa temperatura. “A partir de agora há uma tendência de queda no número de casos de gripe por influenza e nossa expectativa é que isso se mantenha com o aumento das temperaturas”, disse.
Andrea lembra, porém, que mesmo fora do período de baixas temperaturas, o vírus continua circulando. “Temos uma circulação maior durante outono e inverno por conta das baixas temperaturas, porém, não significa que em outros períodos o vírus deixe de circular. Por isso é importante manter os cuidados como higienização frequente das mãos, uso de lenço descartável, evitar ambientes fechados e aglomerações, entre outros cuidados que protegem não só contra a influenza, mas também contra outras doenças”, explicou.
Casos divulgados em julho
A Devisa divulgou no dia 10 de julho um balanço de óbitos causados por influenza. Até aquela data, seis pessoas haviam morrido, sendo uma por H1N1, quatro por H3N2 e uma por gripe A, não subtipada. Em todos os casos, as pessoas eram dos grupos de risco e não estavam vacinadas. Foram uma mulher de 83 anos com pneumopatia crônica, que teve H3N2; um homem de 64 anos, diabético, que teve gripe A não subtipada; e uma criança de 1 ano, com pneumopatia crônica, que teve H1N1.
Os demais casos de óbitos foram todos por H3N2: uma mulher de 45 anos, obesa e com asma; uma mulher de 83 anos e tabagista; e um homem de 91 anos e com doença neurológica.
Influenza
A gripe, ou influenza, é uma infecção causada por vírus que afeta o sistema respiratório, mais precisamente o nariz, garganta e brônquios. O contágio ocorre de forma direta através das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar ou de forma indireta, por meio das mãos que, após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias, pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz. A doença pode se apresentar desde uma forma leve e de curta duração, até formas clinicamente graves e complicadas. A gripe é responsável por elevada taxa de adoecimento e morte em grupos de maior vulnerabilidade, principalmente no inverno.
Por isso, é muito importante a adoção de medidas que previnem a transmissão:
– Fazer frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Manter os ambientes bem ventilados;
– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza;
– Se estiver com sintomas de gripe, na medida do possível, evite manter suas atividades cotidianas;
– Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
– Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola, entre outros) até 24 horas após cessar a febre.