Apesar da reabertura parcial das lojas a partir desta semana, o comércio varejista, tanto de Campinas como região metropolitana, deve sentir vendas 39,02% menores no Dia dos Pais, em agosto, se comparadas à mesma data comemorativa em 2019. Enquanto o faturamento em Campinas atingiu R$ 126,3 milhões em 2019, devido à pandemia as estimativas são de que as vendas atinjam apenas R$ 49,3 milhões. Na Região Metropolitana o faturamento no ano passado foi de R$ 275,5 milhões. Este ano será de R$ 107,5 milhões.
Ao contrário dos anos anteriores, não deverá haver a contração de mão-de-obra temporária em todas as cidades da região de Campinas. No ano passado foram contratados 1.255 trabalhadores na RMC, dos quais 495 apenas em Campinas.
O valor médio do presente em 2019 foi de R$ 115,92. Este ano, deverá ser pouco maior: R$ 119,40. O economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) analisa que o poder de compra dos consumidores estão em nível reduzido de aquisição de Bens e Serviços e que os itens mais procurados devem ser os tradicionais, como vestuário (gravatas e camisas), calçados, perfumes e alguns eletroeletrônicos.
Apesar dos números, a reabertura parcial das lojas representa uma esperança de leve recuperação no setor no segundo semestre. “Esperamos que haja uma retomada gradual nas vendas. recomenda. “Depois de tanto tempo fechados, os empresários necessitam urgentemente recuperar a saúde financeira de seus estabelecimentos para que possam colocar as suas contas em dia e para garantir os empregos”, comenta Adriana Flosi, presidente da Acic.
Cuidados na pandemia
A Associação pede para que as pessoas planejem as suas compras e não provoquem aglomerações no sentido de evitar nova regressão no Plano São Paulo de Retomada das Atividades Comerciais. Para a Acic, Campinas precisar urgente avançar para a Fase Amarela e, para tanto, o comércio depende muito da colaboração de todos. “Não leve familiares para passear, nem mesmo os filhos quando forem pagar seus carnês ou fazer compras. Se evitarmos as aglomerações, em breve poderemos ampliar o atendimento e tentar voltar mais rapidamente à normalidade”, diz Adriana Flosi.