Segundo especialista, indivíduos humanizados apresentam mais maturidade para lidar com frustrações e perdas em momentos de crise
A ideia de uma cultura humanizada tem conquistado cada vez mais visibilidade e, neste cenário de Covid-19, deve ser considerada um elemento-chave pelos líderes empresariais. Com as consequências provocadas pela pandemia, é necessário entender as limitações dos profissionais, priorizar o bem-estar e valorizar toda a equipe, responsável por garantir a continuidade do negócio. De acordo com Adriana Jesus, autora no Brasil sobre Humanização desde 2013, o isolamento social originou três grandes demandas estratégicas. A primeira, o processo de trabalho em home office, requer o exercício de uma liderança mais empática, que enxergue além do colaborador. “É importante que os gestores entendam que a rotina do profissional mudou completamente. Hoje ele trabalha em casa, há uma família por trás de tudo isso e, consequentemente, algumas limitações. Flexibilizar o horário do expediente, por exemplo, pode ser uma alternativa para manter a produtividade da empresa”, ressalta. O segundo ponto levantado por Adriana é a revisão de estruturas operacionais com prioridade na contenção de despesas. Para algumas instituições, a implementação não opcional do home office superou as expectativas e mostrou novas possibilidades, como o caso de empresas que pretendem adotar o novo estilo de trabalho e se desfazer dos espaços físicos. O terceiro fator mostra o aprofundamento da consciência pessoal, que impõe a urgência de repensar o jeito de viver. A especialista explica que esse cenário é propício para a implantação da humanização, capaz de entender os seres humanos e desenvolver comportamentos e competências favoráveis a alta performance e as conexões entre pessoas. Ana Masieiro, Head de Finanças da Genomma Lab Brasil, conta que adotar a mentalidade humanizada em suas estratégias profissionais foi um divisor de águas em sua rotina executiva, principalmente neste cenário de pandemia. “Aprendi com a Adriana a ser melhor de forma mais humana, com empatia e respeito. Sou cliente dela há quatro anos e a humanização me ajudou a ser mais flexível, com uma visão ampla de tudo ao meu redor, o que me deixa mais segura para tomar decisões. Hoje em dia, é difícil separarmos o lado pessoal do profissional, mas é necessário colocar as necessidades individuais em primeiro lugar”, explica. Adriana Jesus, que também é psicoterapeuta e coach profissional, enfatiza que o assunto ganhou teor de urgência com o atual cenário, o que expõe a necessidade de repensar modelos organizacionais. “A humanização nos prepara para a vida através do ganho de maturidade para lidarmos com perdas e frustrações, mas requer a aplicação das virtudes de verdade, compromisso e disciplina no convívio humano. Por isso, é fundamental trabalharmos o autoconhecimento e a inteligência emocional, para sermos autênticos, criativos, saudáveis, resilientes e focados em resultados”, finaliza. Sobre Adriana Jesus Escritora, palestrante, coach e psicoterapeuta, Adriana Jesus oferece orientações customizadas com metodologias exclusivas para transformar pessoas em líderes de alto desempenho. Reconhecida por entregar valor e solução aos profissionais dos mais variados segmentos, motiva gestores a se apropriarem de autoconhecimento e inteligência emocional. É autora no Brasil sobre Humanização desde 2013. Em 2017, lançou o livro-coach “Impressione sendo quem você é”, que instiga o leitor a fazer novas escolhas a favor da sua identidade e dos seus sonhos. Indicada para todos aqueles que buscam superar os próprios limites, celebrar conquistas e viver em equilíbrio, a obra terá sua segunda edição lançada em 2020. Com mais de 30 anos de carreira e diversificada experiência profissional, foi executiva de RH em empresas de renome, como Unilever e Bic, e é fundadora da Multitalento – consultoria empresarial e educacional expert em desenvolvimento humano sustentável e gestão customizada de pessoas. |