Jornal de Campinas

Mercado imobiliário corporativo resiste à crise durante a pandemia

Do alto da Torre do Castelo é possível ver quase toda a cidade de Campinas

Torre do Castelo vista do alto – Neste local há um pouco da história da Sanasa

   Pesquisa realizada pela WIT Real Estate em parceria com a SiiLa Brasil apresenta um panorama do mercado corporativo de imóveis em Campinas. Feita em nove regiões com imóveis classificados nas classes A+, A e B, destinado a incorporadores e empresas que necessitam ocupar espaços corporativos na cidade, o estudo oferece uma projeção de lançamentos para os próximos dois anos. Além de apontar também a taxa de vacância de 2020 e as regiões com imóveis corporativos mais procuradas da cidade.

O Relatório do Mercado Corporativo Campinas realizado juntamente com a SiiLa Brasil abarcou o ano de 2020. As informações sobre os edifícios corporativos na cidade foram compiladas entre síndicos e administradoras dos empreendimentos em Campinas.

“Este levantamento mostra o panorama atual do mercado de edifícios corporativos no município”, afirma Carlos Felipe Corsini, executivo responsável pela WIT Real Estate. “Quando acrescentamos ao estudo as projeções de lançamentos para os próximos dois anos, conseguimos avaliar quais serão os impactos desta ocupação para a cidade e para os empreendedores”, completa.

Metodologia adotada 

   Para realizar o estudo, o município foi dividido em nove regiões corporativas: Alphaville, Anhanguera, Parque Tecnológico, Cambuí/Nova Campinas, Rodovia D. Pedro I, Norte Sul, Guanabara, Aeroporto e Centro. O levantamento envolveu 68 edifícios comerciais categorizados em classes A+, A e B e um estoque de 523.520 m2​ ​.

O relatório toma por base o ano de 2013 que coincide, justamente, com o primeiro estudo de mercado corporativo realizado em Campinas, avaliando a evolução desde o primeiro relatório até o final do ano de 2020.

Empreendimentos classes A+ e A são os mais procurados

Para os próximos dois anos, as perspectivas para o mercado corporativo em Campinas, envolvendo especialmente os empreendimentos classes A+ e A, são animadoras, aponta o estudo realizado pela WIT Real Estate e SiiLa Brasil. “Com isso, os proprietários de imóveis precisam buscar soluções ao longo desse ano para ocupar os espaços vazios, diante da chegada de novos empreendimentos na cidade e aumento da competitividade”, ressalta.

Na região Dom Pedro, a maior metragem em entrega se concentra em um único edifício Classe A+ próximo ao Complexo Galleria. Outro destaque no relatório é a região da Anhanguera, com o desenvolvimento de dois projetos classe A+, e com previsão de crescimento ainda maior nos próximos cinco anos.

Vacância em áreas corporativas

Em 2020, a taxa de áreas corporativas desocupadas nas classes A+, A e B em Campinas somava 21%, índice que vem reduzindo nos últimos três anos. “Percebemos que durante a pandemia houve um efeito de esvaziamento muito acentuado nos escritórios, causando um temor no mercado e em sua sustentabilidade. Com isso, os proprietários aceitaram reduzir e renegociar os valores de locação, permitindo que a maioria dos contratos fossem respeitados e que algumas locações pontuais ocorressem, mantendo a ocupação estável mesmo durante a crise. Nos últimos trimestres de 2020 tivemos um resultado positivo, finalizando o ano com uma vacância menor que nos anos anteriores. Mas é importante ressaltar que ainda sentiremos o impacto do ​home office durante o primeiro semestre deste ano”, explica Corsini.

Das nove regiões pesquisadas no município, apenas quatro tiveram uma taxa de vacância acima da média na cidade: Alphaville, Dom Pedro, Guanabara e Centro. ​O levantamento considerou o preço médio do metro quadrado de locação pedido em cada região. Também avaliou o valor de taxas condominiais e de IPTU, fator que influencia diretamente na ocupação de salas e conjuntos.

A análise destaca a região do Aeroporto de Viracopos como um exemplo de baixa vacância, especialmente com a entrega do novo empreendimento, E1 Viracopos, que foi 100% locado no terceiro trimestre de 2020 para uma única empresa. “A locação completa deste empreendimento e de um edifício corporativo na região da rodovia Dom Pedro, foram os principais responsáveis em manter a ocupação estável em 2020”, conta.

Condomínio e IPTU impactam preços

De acordo com o Relatório do Mercado Corporativo Campinas, a média de custo total de ocupação dos edifícios corporativos em Campinas é de R$ 64,68. Isso inclui o preço médio por metro quadrado pedido por região, o valor do condomínio e do IPTU. “Altas taxas condominiais e de IPTU vão influenciar diretamente nos índices de vacância no município”, observa.

  Nos próximos relatórios, destaca Carlos Felipe Corsini, será possível avaliar o comportamento de ocupação e desenvolvimento de cada região, assim como apresentar novas informações sobre o mercado e também a respeito das características de ocupação do segmento corporativo de Campinas.

Carlos Felipe Corsini, executivo da WIT Real Estate/Divulgação

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