Região em crescimento com muitos eventos de peso
_Carol Lemes, única representante do método no Brasil, explica que apesar da prática ficar famosa nas redes sociais pelos resultados estéticos no abdômen, método LPF proporciona melhorias essenciais para a saúde_
Desde que celebridades descobriram o método Low Pressure Fitness (LPF) e publicaram aos quatro ventos os resultados da chamada barriga negativa, muita gente correu para aderir, em busca do sonho do perfil abdominal retinho. Mas o que os adeptos deste tipo de treinamento perceberam é que seus benefícios à saúde vão muito além da aparência. A prática regular pode melhorar desde a postura e reduzir as dores na coluna até colaborar para o bom funcionamento do intestino.
“O LPF é um programa de treinamento postural e respiratório para tonificar o CORE (abdômen, períneo e músculos da coluna)”, explica Carol Lemes, embaixadora do método no Brasil. “Foi inspirado na chamada técnica hipopressiva, desenvolvida nos anos 80, e com a experiência e grande repercussão dos resultados, seus fundadores criaram uma certificação internacional para profissionais da área de saúde e das ciências do exercício físico, com a fundação do International Hypopressive Physical Therapy Institute”, acrescenta. “Isso possibilitou sua expansão, com mais de 5 mil profissionais certificados e cerca de 100 mil praticantes apenas no Brasil”, diz.
Carol destaca que o LPF é um método muito democrático, sem restrições de faixa etária ou sexo, embora seja muito procurado para a recuperação pós-parto, como alternativa eficiente para fechar a diástase, que é o afastamento dos músculos abdominais durante a gravidez. “Mas há muitas outras indicações, já que promove melhorias posturais, reduz dores na coluna, contribui para o funcionamento do intestino, diminui o inchaço abdominal e de membros inferiores, previne a incontinência urinária por esforço, melhora o refluxo esofágico e a performance esportiva”, enumera.
A especialista destaca que as aulas são personalizadas, realizadas geralmente uma vez por semana e com duração de 45 minutos a uma hora. “É preciso direcionar a prática de acordo com o objetivo e necessidade de cada um, com as primeiras quatro aulas em atendimento individual, onde serão ensinadas as pautas posturais e respiratórias”, revela Carol. “Após esse período, o aluno pode optar por fazer as aulas em dupla ou em um grupo reduzido, de até cinco participantes, que estejam no mesmo nível”, conta. “Ao final de cada aula, são passados exercícios para execução em casa, pois com cinco minutos diários a evolução é muito grande e permite já uma progressão para a próxima sessão”, afirma. “Com três meses de prática regular a grande maioria das pessoas já percebe melhorias para a saúde e a estética”.
A embaixadora do LPF no Brasil esclarece ainda alguns mitos e equívocos comuns em relação ao método. “Um desses é que quem tem diástase não pode realizar o exercício de vácuo abdominal, o que não procede”, diz Carol. “Há ainda quem afirme que é apenas uma moda, sem entender a função dos exercícios e o que está ocorrendo internamente durante sua execução”, aponta, reforçando ainda que a metodologia não emagrece. “A redução de medidas, que deixou o método popularmente conhecido como técnica da barriga negativa, ocorre por uma melhora do tônus do músculo transverso abdominal, uma musculatura profunda que funciona como uma cinta natural“, ensina. “Quando tonificamos esse músculo, essa cinta fica mais justa, o que favorece a redução das medidas do abdômen e da cintura, além de conferir maior estabilidade para a coluna, por isso também é utilizado na prevenção e tratamento de dores nessa região”, informa. “Quem tem um percentual de gordura baixo chega a ficar com a aparência da barriga negativa, isso não acontece com quem tem um percentual maior, mas é comum uma redução de até 12 cm de circunferência abdominal, melhorando muito o aspecto, além dos benefícios para a saúde”, conclui Carol Lemes.