Jornal de Campinas

Diabetes: como identificar e cuidar da saúde do seu pet?

Você sabia que o seu cãozinho ou gato podem ser portadores de diabetes? No mês de conscientização sobre a prevenção da doença em humanos, o alerta também se estende aos tutores sobre a importância do diagnóstico e o início imediato do tratamento da doença, que não tem cura, mas com cuidados especiais no dia a dia é possível proporcionar qualidade de vida ao bichinho.

De acordo com a médica veterinária e supervisora da Clínica de Pequenos Animais do Grupo UniEduK, Dra. Ana Cláudia Bengezen, em cães e gatos a doença impede que o organismo do animal produza insulina ou produza em quantidade insuficiente.

“A Diabetes mellitus é considerada a principal doença do pâncreas endócrino em cães, representada como um grupo de doenças metabólicas de múltiplas origens e caracterizada por hiperglicemia crônica, glicosúria e distúrbios no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, que surge como resultado de defeitos na secreção ou na ação da insulina, ou em ambos”, explica Ana.

Pet também pode ter diabetes/ Divulgação

Com essa deficiência e excesso de açúcar no sangue, o animal fica sem energia e propenso a sofrer uma série de complicações, caso não tenha o tratamento adequado, tais como:

  • Êmese
  • Convulsões
  • Taquipneia
  • Catarata
  • Fraqueza
  • Pancreatite
  • Dor abdominal
  • Diarreia
  • Perda de peso
  • Hepatomegalia
  • Insuficiência renal
  • Infecções bacterianas secundárias
  • Cistite
  • Bacteriana cutâneas piodermites.

“Tem sido observado um crescente aumento na incidência de obesidade e diabetes mellitus em cães nos últimos 40 anos. Diversos fatores genéticos, inflamatórios, nutricionais, hormonais e imunológicos podem estar associados ao surgimento da doença tanto em cães como em gatos. Essa tendência parece estar associada a um maior contato com fatores ambientais adversos frente a complexos fatores genéticos em segundo plano”, salienta Ana.

 

Quais os sintomas e como diagnosticar?

A diabetes em cães e gatos pode ocorrer independente da idade ou sexo, está relacionada a obesidade e ao uso indiscriminado de drogas como glicocorticóides e progestagênios, afetando animais com idade entre 7 e 9 anos. As fêmeas possuem o dobro da probabilidade de serem afetadas e raças como poodle mini, samoieda, pug, poodle toy e schnauzer têm maior predisposição.

O diagnóstico é confirmado por exames de urina e glicemia de jejum, que nos animais os índices considerados normais variam entre 55 e 110 mg/dL. A presença de glicosúria (glicose na urina) e hiperglicemia de jejum indicam que o animal sofre de diabetes. Além dos exames de rotina, é fundamental ficar atento ao comportamento do animal no dia a dia, que pode apresentar sinais como:

  • Sede excessiva;
  • Perda de peso
  • Aumento de apetite;
  • Cansaço e sedentarismo,
  • Maior frequência de vontade de urinar

Doença não tem cura, mas possui tratamento

Assim como ocorre com os humanos, entre os pets a diabetes também não tem cura. Mas, com tratamento adequado e uma rotina toda especial, é possível que o animal tenha uma vida saudável e com qualidade. De acordo com a médica-veterinária do Grupo UniEduK, uma vez diagnosticada a doença, é necessário que o pet seja acompanhado ao longo de toda a vida.

“O tratamento da diabetes em cães e felinos consiste na aplicação de insulina, sendo que ação é eficaz para o animal independente de sua idade”, revela Ana. “Também durante o tratamento é importante que o tutor faça o acompanhamento glicêmico, com modelos de aparelhos semelhantes aos utilizados pelos humanos.”

Ana salienta ainda que é importante o animal levar uma vida com rotinas saudáveis, pois são essenciais para o controle da doença. A castração também é indicada.

“Além da aplicação da insulina, é preciso fazer mudanças alimentares, pois esses animais necessitam de uma alimentação diferenciada. Atualmente há no mercado várias rações específicas para esses pacientes, como as terapêuticas, bem como alimentos naturais, cuja dieta deve ser recomendada por um nutrólogo veterinário”, ressalta Ana. “É recomendado ainda adotar novos hábitos como exercícios físicos e brincadeiras. E, no caso das fêmeas, a castração também é indicada, porque a progesterona interfere na ação da insulina”, conclui.

Read Previous

Unicamp abre inscrições gratuitas para Oficina de Verão em Libras para alunos surdos

Read Next

Neste Domingo tem mais uma edição do Rock na Concha 

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *