Jornal de Campinas

Dois estudantes brasileiros brilham entre os finalistas do Global Student Prize da Chegg.org, concorrendo a 100 mil dólares

GSP 2023-logo/Divulgação

Dois jovens estudantes brasileiros foram selecionados na lista de 50 finalistas para o Global Student Prize Chegg.org 2023 (Prêmio Global do Estudante, do inglês). Trata-se de premiação anual de 100 mil dólares concedida ao estudante que mais impactou positivamente a aprendizagem, a vida de seus colegas e a sociedade como um todo. Henrique Peixoto Godoi, de 17 anos, estudante do Colégio Arena, em Goiânia, Goiás, e Bianca Bearare, de 18 anos, estudante da escola Daqui pra Fora, em São Paulo, foram escolhidos entre 3.851 inscrições de 122 países.

Em 2021, a Fundação Varkey e a Chegg.org se uniram para lançar o Global Student Prize Chegg.org 2023, uma premiação irmã do prestigioso Global Teacher Prize no valor de 1 milhão de dólares. A iniciativa teve como objetivo criar uma plataforma poderosa para reconhecer o trabalho de estudantes extraordinários em todo o mundo, que coletivamente estão impulsionando transformações positivas em nossa sociedade. O prêmio está aberto a todos os estudantes com pelo menos 16 anos, matriculados em instituições acadêmicas ou participantes de programas de treinamento e habilidades.

Grande finalista

Os 10 finalistas do Global Student Prize devem ser anunciados em agosto deste ano. O vencedor, que será revelado mais tarde no ano, será escolhido entre os 10 finalistas pela Academia do Global Student Prize, composta por indivíduos proeminentes.

Outras edições

O vencedor do ano passado foi o adolescente ucraniano Igor Klymenko, um estudante de 17 anos de Kyiv, Ucrânia, que se mudou para o campo no início da invasão russa para concluir seu último ano do ensino médio. Abrigado no porão de sua nova casa, Igor concluiu com sucesso seus estudos enquanto aprimorava o drone de detecção de minas em que trabalhava há oito anos. Ele foi selecionado como o vencedor do Global Student Prize da Chegg.org de 2022 entre mais de 7 mil inscrições de mais de 150 países.

O primeiro vencedor em 2021 foi Jeremiah Thoronka, um estudante de 21 anos de Serra Leoa, que lançou uma startup chamada Optim Energy que transforma vibrações de veículos e tráfego de pedestres em estradas em corrente elétrica. Com apenas dois dispositivos, a startup forneceu eletricidade gratuita para 150 residências, compreendendo cerca de 1.500 cidadãos, e para 15 escolas onde mais de 9 mil estudantes frequentam.

As inscrições e indicações para o Global Student Prize deste ano foram abertas em 19 de janeiro e encerradas em 14 de maio. Os estudantes estão sendo avaliados com base em suas realizações acadêmicas, impacto sobre seus colegas, como fazem a diferença em suas comunidades e além, como superam adversidades para alcançar seus objetivos, como demonstram criatividade e inovação e como atuam como cidadãos globais.

Se os estudantes forem indicados, a pessoa que os indicar será solicitada a escrever uma breve descrição online explicando a razão da indicação. O estudante indicado receberá um e-mail convidando-os a se candidatar ao prêmio. Os candidatos poderão se inscrever em inglês, mandarim, árabe, francês, espanhol, português e russo. Para saber mais online, siga @cheggdotorg.

Sobre Henrique Peixoto Godoi

Se interessou pela ciência aos 11 anos e começou a consumir livros sobre o assunto, determinado a se tornar um agente de mudança e se juntar a comunidades de solucionadores de problemas. Isso incluiu se tornar um Jovem Cientista da Academia de Ciências de Nova York, interagir com o Harvard Model United Nations e publicar artigos de pesquisa estudantil sobre a doença de Alzheimer e déficit precoce no desenvolvimento cognitivo infantil associado ao transtorno do processamento auditivo central (CAPD). Ele também se destacou em competições importantes, ganhando uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática e Pesquisa, terceiro melhor aluno de geografia do Brasil entre mais de 26 mil competidores, uma medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Educação Financeira e Campeão Estadual na Olimpíada Brasileira de Neurociência. Ele também ajudou a introduzir a Olimpíada de Ciências do Clima em escolas no Brasil; e como escritor do projeto de conscientização Jovem Político para jovens brasileiros, escreveu mais de 20 artigos sobre filosofia, política e economia lidos por mais de 5 mil estudantes em todo o país. Determinado a ajudar os neurodivergentes, ele se inspirou para criar uma startup social chamada Instituto Merzenich, que tem como objetivo proporcionar boas oportunidades educacionais para pessoas neuroatípicas e democratizar o acesso à neurociência em todo o país. Isso foi abraçado pelo governo, com quem eles vão se associar em agosto para lançar a primeira competição nacional sobre neurodiversidade com mais de 1 mil participantes. O Instituto Merzenich recrutou graduandos para conduzir pesquisas e publicou artigos em revistas acadêmicas. Henrique também projetou uma plataforma chamada ‘Interface para Acessibilidade de Neurodivergentes’ para melhorar o aprendizado de crianças do ensino fundamental no espectro do autismo, com médicos parceiros gravando vídeos ensinando funcionários escolares a lidar com a condição e fornecendo soluções para que os professores tornem suas aulas mais inclusivas.

Henrique Peixoto Godoi/divulgação

Sobre Bianca Bearare

É uma entusiasta da ciência que abraçou completamente as possibilidades das áreas STEM desde cedo, quando se juntou à equipe de robótica de sua escola, sendo introduzida a um mundo de experimentos científicos e impressoras 3D, e se tornou uma vencedora múltipla de prêmios nos últimos cinco anos em feiras nacionais e internacionais de ciência, incluindo a Competição Mundial de Robótica FIRST LEGO League e as Olimpíadas Nacionais de Ciência. Projetos nos quais ela trabalhou no nível internacional em equipe incluem o desenvolvimento de um traje protetor contra radiação cósmica, um sistema inteligente de plantio de árvores, um filtro de contaminação por COVID, um tratamento alternativo para a síndrome da fibromialgia e um sistema de transporte de vacinas compartilhado com os Médicos Sem Fronteiras. Ela gosta especialmente de entusiasmar crianças pequenas com o mundo da ciência, introduzindo-os a projetos de arte criativa baseados em ciência usando materiais reciclados e vendo um mundo de potenciais futuros engenheiros, astronautas e biólogos marinhos ganhar vida em suas obras de arte. Ela fundou uma ONG chamada Tocando em Frente, que agora impacta mais de 7 mil crianças, e como diretora regional, ela ajuda a proporcionar uma jornada pedagógica interativa, oferecendo aulas de inglês, arte, robótica e impacto social em escolas públicas no interior do Brasil.

Bianca Bearare/Divulgação

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