Jornal de Campinas

Cuidados paliativos: uma esperança para o controle de sintomas de sofrimento na esclerose múltipla

Cuidados paliativos ajudam portadores de esclerose múltipla/Divulgação

 

Abordagem multidisciplinar visa melhorar a qualidade de vida e oferecer suporte contínuo aos pacientes diagnosticados com esclerose múltipla

 

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Agindo diretamente no sistema nervoso central, ela ocorre quando o sistema imunológico ataca a bainha de mielina, estrutura responsável por revestir e proteger os neurônios, afetando o funcionamento dessas células que são essenciais para o bom desempenho do corpo humano.

 

A neurologista do Hospital de Transição Revitare, Dra. Vanessa Hachiman, explica que nas pessoas jovens, com idade entre os 20 e 30 anos, os casos da doença são mais frequentes e podem evoluir ao longo dos anos causando uma série de problemas neurológicos. Os sintomas podem variar de acordo com o perfil e o histórico do paciente e vão desde dificuldades motoras até problemas cognitivos. Nesse contexto, os cuidados paliativos desempenham um papel fundamental, proporcionando o alívio dos sintomas de sofrimento do paciente, através do trabalho especializado da equipe multiprofissional. Esses cuidados são essenciais para pacientes com doenças crônicas e progressivas, que enfrentam não só dificuldades físicas, mas também emocionais, sociais, familiares e espirituais .

 

“A esclerose múltipla é uma doença infelizmente incurável, que exige acompanhamento constante para ajudar o paciente a enfrentar os desafios que podem surgir. Por isso, a abordagem dos cuidados paliativos, que é centrada no paciente, é fundamental. Ela busca controlar sintomas como dor, fadiga e falta de ar, além de oferecer suporte psicológico e social, o que é extremamente importante,” explica a médica.

 

Embora os cuidados paliativos sejam essenciais, isso não significa que o paciente deva interromper os tratamentos convencionais da esclerose múltipla. Pelo contrário, esses cuidados adicionais permitem que a pessoa continue com suas terapias, ao mesmo tempo em que se beneficia de estratégias complementares para amenizar os surtos e gerenciar melhor os sintomas de sofrimento.

 

Essa combinação de cuidados pode ajudar a estabilizar a condição e reduzir o impacto dos surtos no dia a dia, permitindo uma vida mais equilibrada e ativa. “Cada caso é único e a personalização do cuidado é a chave para melhorar a qualidade de vida, respeitando o que é importante para cada pessoa. A combinação de tratamento medicamentoso e acompanhamento contínuo pela equipe multiprofissional pode fazer uma diferença significativa na vida dos pacientes, apesar e além da doença” finaliza Vanessa.

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