
Paulo Toledo Correa/foto: Roncon&GraçaCom
Sanasa Campinas: Persistência na proteção de patentes é fundamental para as empresas
A Sanasa Campinas (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A) é a primeira empresa municipal de saneamento do Brasil a ter uma patente concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
O objeto patenteado é uma caixa protetora de hidrômetro, desenvolvida por engenheiros da empresa. O tipo de patente concedida é o Modelo de Utilidade (MU), que protege melhorias e aperfeiçoamentos de invenções que já existem. O advogado Paulo Toledo Corrêa, que cuidou do registro dessa patente junto ao INPI, comenta a trajetória de 16 anos para a sua concessão.
O presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior, explicou que os técnicos da empresa criaram dispositivos que aperfeiçoaram os modelos de caixas existentes no mercado. “Esse equipamento nosso, com soluções técnicas e melhorias funcionais, tornou-se referência para as empresas de saneamento do Brasil”, acrescentou.
Na comunicação ao público que a empresa fez sobre a concessão da patente, o presidente da Sanasa ressaltou que isso “consagrou o esforço e a visão de futuro da equipe técnica da empresa, altamente capacitada e comprometida com a excelência”.
Para o advogado Paulo Toledo Corrêa, especialista em Propriedade Industrial e Intelectual, do escritório Toledo Corrêa Marcas e Patentes, que cuidou do registro junto ao INPI, a concessão da patente da Sanasa, desde a entrada do pedido no órgão, em junho de 2009 até a sua concessão em 6 de maio de 2025, é um exemplo a ser seguido por todos que atuam no universo corporativo. “Os 16 anos passados para a obtenção da patente da Sanasa demostram de forma muito clara, o quanto a persistência foi fundamental nessa trajetória para o seu sucesso. Do contrário, ela estaria perdida. Avaliamos esse caso como um paradigma para o registro de patentes no Brasil, inclusive porque mostra que todo tipo de inovação tecnológica merece e deve ser protegida e gerar benefícios sociais e econômicos”, acrescentou.
Ele explicou que essa patente significa alguns milhões de reais em benefícios econômicos para a empresa, porque ela traz autonomia e o domínio dessa tecnologia para a fabricação de caixa protetora de hidrômetro.
Toledo Corrêa afirmou, ainda, que esse pedido passou por um longo período, com diversos exames técnicos e exigências por parte do INPI, “o que mostra como a patente no Brasil tem um processo extremamente complexo e burocrático”. Ele explicou que quando se ‘tem muita sorte’, a patente é concedida num prazo de quatro a cinco anos.