Usina de Porto Goes, em Salto, SP_CAPA-Divulgação

Neste dia 04 de novembro a Usina de Porto Góes, localizada em Salto (SP), completa 97 anos de operação. Administrada pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), a usina é reconhecida como um patrimônio histórico, cultural e ambiental na cidade e referência na região.
Inaugurada em 1928, Porto Góes também é considerada um importante patrimônio histórico, cultural e ambiental, símbolo da arquitetura industrial paulista e parte da história das antigas fábricas que impulsionaram o desenvolvimento da região.
Com capacidade atual de 24,8 megawatts, a usina foi ampliada em 2005, quando recebeu sua terceira unidade geradora, aumentando o volume de água direcionado para as turbinas de 56 para 116 m³/s.
Inicialmente, a Usina Hidrelétrica Porto Góes pertencia à Companhia Ituana de Força e Luz. Com a necessidade de energia, em 1927, a empresa teve seu controle acionário transferido para o Grupo Light, que concluiu o empreendimento. A origem da usina foi justificada pelo abastecimento das fábricas de tecidos e papel de Salto.
Com o passar dos anos, Usina de Porto Góes passou a integrar o sistema elétrico do estado de São Paulo e, atualmente, realiza o despacho de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN), com sua produção distribuída pela rede regional, contribuindo para o abastecimento de diversas cidades.
Pioneira em inovação, a usina se tornou, em 1998, a primeira automatizada da Emae com um sistema inteligente de parada das unidades para limpeza das grades de retenção de resíduos trazidos pelo rio Tietê. Dois anos depois, a Emae iniciou um programa de automação voltado à otimização de rotinas operacionais, com foco na eficiência energética e à redução de custos de operação e pessoal.
“Celebrar 97 anos é também olhar para o futuro. Nosso desafio é continuar evoluindo com responsabilidade, investindo em tecnologias que garantam uma operação cada vez mais sustentável e eficiente, alinhada aos desafios energéticos das próximas décadas”, afirma Fernando Fernandes, diretor de Operações da Emae.
Modernizações
Até então com duas unidades geradoras, em 2001, foram iniciados os estudos para ampliação da capacidade de geração da usina. As obras foram concluídas em 2005, com a instalação da terceira unidade geradora, construída com técnicas que preservaram as estruturas originais e incorporaram sistemas modernos de comando e controle.
O entorno da usina também passou por melhorias. Em 2011, foi construída uma ponte ligando a margem direita do rio Tietê, onde está o Complexo Turístico da Cachoeira, ao Parque da Ilha da Usina, área voltada ao ecoturismo. O isolamento natural da península formada pelo canal de descarga favoreceu a preservação da mata nativa e o retorno de espécies locais, como a andorinha-taperá, ave símbolo de Salto.
Nos últimos anos, a usina iniciou um novo ciclo de modernização, que prevê a substituição dos geradores e turbinas das unidades 1 e 2, atualização dos sistemas de controle e comando, e aquisição de novos componentes para a barragem e o canal adutor, reforçando o compromisso da Emae com a segurança, sustentabilidade e a eficiência na geração de energia.


