Caros, Muita gente me cobrando por não ter postado hoje homenagens ao Dia da Mulher, à mulher; uma buquê de rosas, uma simples foto da Renata ou coisa similar. Pensei muito nesta manhã, quando acordamos, sobre o que representa o dia, e sobre posturas que o gênero masculino deve assumir nestes tempos tórridos que correm em nossas vidas familiares, sociais, nas relações de trabalho, as afetivas em essência, e as políticas também – as de políticas públicas voltadas ao gênero feminino. Estava prestes a postar um prosaico “Parabéns”, quando, furtiva e despretensiosamente, bati o olho na manchete do jornal Folha de S. Paulo, e me deparei com a avassaladora manchete: “Atual ou ex cometem 71% de feminicídios e tentativas”. Linha-fina: “Levantamento da Folha abrange casos ocorridos em janeiro deste ano; 119 mulheres morreram”. Um soco no estômago e um repelão na mente. Pensei na projeção até o final do ano e fiquei arrepiado. O que estão fazendo parcelas dos integrantes do “portentoso” e “supremo-superior” gênero masculino? Besteiras, isto sim! O que fazem as autoridades das áreas sociais e policiais, os políticos, os governantes para desacelerar essa incúria? Todos os dias os programas de informação sobre casos policiais mostram dezenas de casos de assassinatos de mulheres. Ao lado das estatísticas, sabemos ocorrer substancial volume de ataques, agressões e violência contra mulheres, e que são sub-notificados, porque as vítimas temem recorrer à lei, por temor aos seus algozes! Penso que o dia hoje não é de alegrias voláteis e de efusividade de palavras em relação às mulheres. O gênero masculino, como um todo, deveria enfiar o rabo no cérebro e pensar mais sobre os maus-tratos, as diferenças, a agressividade, o machismo, as distâncias salariais e de progressão e ascensão trabalhista, dificultosas, e sobre a igualdade ainda não alcançada. Hoje, ao cruzar com sua mulher, uma mulher que seja, olhe para ela, homem, abaixe a cabeça e cala a boca, Zebedeu!!