Problema atinge quase 40% da população. Mapeamento aponta mulheres, na faixa dos 40 anos e moradoras do Sul e Sudeste, como as mais afetadas
Problema que afeta 37% da população no Brasil – quatro a cada dez indivíduos sofrem de alguma dor crônica persistente – o tratamento e a compreensão do mecanismo desse mal são assuntos que despertam grande interesse no meio científico. Este ano, um especialista de Campinas foi eleito nos EUA como “Médico Internacional de dor”. Fabrício Assis foi homenageado pelas sociedades de Intervenção da dor de Nova Iorque e Nova Jersey, principais referências na área, com prêmio entregue no Simpósio Internacional de Dor. O evento foi realizado em Nova Iorque, no dia 9 de novembro, e pela primeira vez consagrou um estrangeiro.
Fabrício Assis traçou um panorama sobre o assunto, desde causas, regiões onde se manifestam com mais frequência, fatores de sensibilização e a evolução nas terapias avançadas de tratamento. O médico é diretor do Singular Centro de Controle da Dor, em Campinas. Além de anestesiologista, Assis é intervencionista da dor, área que atua no diagnóstico e tratamento do quadro a partir de técnicas minimamente invasivas.
Os dados mais recentes sobre o assunto são da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), que no ano passado mapeou a dor crônica e suas consequências no cotidiano dos afetados. A pesquisa indica maior incidência entre mulheres na faixa dos 40 anos localizadas nas regiões Sul e Sudeste. Outra descoberta do estudo aponta a dor nas costas (lombalgia), cefaleias (dor de cabeça) e as relacionadas a câncer, como os tipos crônicos mais recorrentes na população.