Jornal de Campinas

Circo Caramba e Damião e Cia estreiam o espetáculo Gran Cirque Brado no Sesc Campinas

Gran_cirque_brado_divulgação/Nina Pires

O Gran Cirque Brado, do Circo Caramba e da Damião e Cia, estreia no próximo sábado (16/7), às 16h, no Espaço Arena do Sesc Campinas. Com valores entre R$ 7,50 e R$ 25, os ingressos já estão à venda no portal (www.sescsp.org.br/campinas) e nas bilheterias das unidades. Crianças com até 12 anos acompanhadas de um adulto pagante entram de graça.

Para começar, o espetáculo, que originalmente contou com a colaboração artística dos artistas Bruno Peruzzi, Júnior Taz e Rodrigo Robleño, propõe um grande encontro de palhaços: o de Jerônimo (Thiago Sales), do Circo Caramba, com Begônia (Fernanda Jannuzzelli) e Currupio (Rodrigo Nasser), da Damião e Cia. Na trama, eles viverão os netos de Stoy Fallid, o fundador do Gran Cirque Brado, trupe que resiste, beirando a quase falência, à falta do Respeitável Público.

“Em um determinado momento, a plateia deixa de ir a esse circo e nem mesmo os palhaços sabem o motivo desse abandono. Contudo, seguem sonhando com a volta do público. E ele retorna! Com isso, esses palhaços enxergam uma oportunidade de salvar o circo da família. Mas, para tanto, precisam fazer um grande espetáculo. Como o restante da trupe foi embora, o trio vai tentar dar conta de toda a apresentação, fazendo o que sabem e também o que não sabem”, conta Thiago Sales, o Palhaço Jerônimo, que assina a direção e o roteiro da montagem.

Quem assistir ao espetáculo perceberá o diálogo entre diversas virtuoses circenses. Além da palhaçaria, outras delas recheiam a cena, como a música, a acrobacia, a mágica e o arremesso de facas. Todas, é claro, ao sabor da comicidade. “Imersos dentro desta dramaturgia inédita, os números que compõem a montagem são inspirados no repertório do palhaço tradicional de picadeiro, na releitura de uma cena de acrobacia cômica do espetáculo Caramba, quanta bobagem!, do Circo Caramba, além dos criados especialmente para o Gran Cirque Brado“, destaca o diretor.

Rendendo-se ao spoiler, Thiago Sales comenta sobre um número musical desenvolvido exclusivamente para o espetáculo em cartaz. Na cena, Jerônimo, Currupio e Begônia se propõem a fazer um concerto especial (e nada convencional) para a plateia a partir de trompete, violão e zabumba. “Ao mesmo tempo em que tocamos os nossos instrumentos, executamos uma coreografia e ainda tocamos os instrumentos uns dos outros de uma forma nada tradicional. Tudo isso juntos e misturados. Não arremessamos os instrumentos para cima, mas o número é quase um malabarismo musical”, descreve.

Na mesma sintonia de diálogo, a estética do espetáculo se torna um convite à pluralidade cênica. Justificável: a montagem combina a linguagem da palhaçaria, da música e de outras virtuoses circenses, marca do Circo Caramba, com a do teatro popular, em especial o de rua e o circo-teatro, matéria-prima da Damião e Cia. “Essas duas facetas da pesquisa de cada grupo contribuem enormemente para a criação de uma obra plural, que explora um amplo espectro das espetacularidades populares e está apta a divertir, impressionar e emocionar o grande público”, destaca Rodrigo Nasser, o Palhaço Currupio.

Sob a lona da compreensão, Gran Cirque Brado ainda trata dos reencontros e da importância da galhofa no dia a dia. “As artes da cena, como o teatro e o circo, promovem o encontro entre as pessoas que, coletivamente, participam de uma experiência única. Depois de tanto tempo de isolamento social, em que esse encontro não podia acontecer, a volta desse evento coletivo já é por si só necessária. E, com este espetáculo, pautado pela palhaçaria, ainda ressaltamos a importância do riso e do humor em nossa vida ordinária”, avalia Fernanda Jannuzzelli, a Palhaça Begônia.

Da mesma forma, o diretor complementa com outras virtudes e emoções aguçadas pela montagem. “O espetáculo tem muito a ver com resiliência, persistência, resistência e em não desistir daquilo que você acredita. No final das contas, é isso que os palhaços do Gran Cirque Brado fazem. Embora passando por uma situação complicada, eles permanecem no circo, esperando, cada um à sua maneira, o retorno do Respeitável Público, que representa a esperança pelo sucesso da trupe e, claro, por dias melhores”, finaliza Thiago Sales.

As companhias

Circo Caramba

A companhia Circo Caramba, sediada em Campinas-SP, foi criada em 2009 por Thiago Sales. A carreira do artista teve início no ano de 2003, quando nasceu seu palhaço, o Jerônimo. Ao longo de sua trajetória, o Circo Caramba vem sendo reconhecido pela qualidade artística de suas produções e pela forma criativa como une a linguagem da palhaçaria a outras modalidades circenses e, em especial, à música. O trabalho de Thiago Sales é atualmente uma das referências brasileiras na linha do palhaço excêntrico musical.

Além de integrar o elenco de diversas montagens em conjunto com grupos e artistas parceiros, o Circo Caramba vem circulando com o seu próprio repertório de trabalhos, cuja primeira produção foi o espetáculo Caramba, quanta bobagem!, parceria entre Thiago Sales e Márcio Parma, que estreou em 2010 e contou com a direção de Esio Magalhães. Em 2014, o Circo Caramba montou o espetáculo Jerônimo Show, primeiro trabalho solo de Thiago Sales, que fez sua estreia no Circos – Festival Internacional Sesc de Circo.

Já em 2016, o artista estreou a intervenção circense-musical A Banda do Jerônimo: uma inusitada banda de um homem só. Em 2019, criou mais um espetáculo solo, intitulado A Estreia, em comemoração aos 15 anos de carreira do Palhaço Jerônimo. Em 2022, acontece a estreia do espetáculo Gran Cirque Brado, uma produção conjunta entre as companhias Circo Caramba e Damião e Cia. Ao longo de sua trajetória, o Circo Caramba tem se apresentado para públicos de todas as idades, nos mais variados espaços, entre os quais unidades do SESC e SESI, festivais circenses e teatrais, circos, hotéis, empresas, clubes e universidades.

Damião e Cia

A Damião e Cia é um grupo de pesquisa e criação em teatro e circo fundada em 2012 por artistas bacharéis em Artes Cênicas pela Unicamp. A companhia fundamenta sua linguagem no estudo das mais variadas formas de teatro popular, buscando a valorização da tradição, assim como sua reinvenção em prol do diálogo com a contemporaneidade.

Ao longo de sua trajetória, o grupo produziu os espetáculos As Presepadas de Damião (Mario Santana, 2012), Estrela da Madrugada (Mario Santana, 2013), Burundanga – a revolução do baixo ventre (Fernando Neves, 2018), Andante (Cia Markeliñe/Espanha e Damião e Cia, 2019), Atenção, Respeitável Público (2019) e As Desventuras do Capitão Rabeca (Tiche Vianna, 2019).

Os espetáculos do grupo são criados para diferentes espaços de representação e buscam a comunicação com um público heterogêneo, de modo a proporcionar a expansão do universo simbólico e criar rupturas no cotidiano, possibilitando encontros e trocas.

SERVIÇO:

O quê: Gran Cirque Brado, com Circo Caramba e Damião e Cia
Quando: Sábado (16/7), às 16h
Onde: Espaço Arena do Sesc Campinas (Rua Dom José I, 270/333, no Bonfim, em Campinas)
Quanto: R$ 25 (inteira), R$ 12,50 (meia entrada) e R$ 7,50 (credencial plena). Crianças com até 12 anos acompanhadas de um adulto pagante entram de graça.

Classificação: Livre
Informações: Central de Atendimento – (19) 3737-1500

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