Com uma rotina prática – e que cabe em todos os bolsos – é possível prevenir problemas típicos dessa estação, como melasmas e até câncer
Tem coisa melhor do que aproveitar os dias de verão ao ar livre para descansar, tomar um sol e ganhar aquele bronzeado bacana? Mesmo em tempos de isolamento social, com os devidos cuidados de higienização e distanciamento, dá para aproveitar o tempo quente. Além do visual charmoso, se expor ao Sol regularmente faz bem para a saúde, estimulando a produção de vitamina D, da melanina, essencial para o sono e que contribui para o aumento da sensação de bem estar. Mas para desfrutar de tudo isso sem riscos, é preciso redobrar a atenção com a pele. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, com cerca de 185 mil novos casos a cada ano.
“Nessa época, com maior número de atividades externas, ficamos mais expostos à radiação solar, aumentando os riscos de queimaduras e outros problemas de saúde”, destaca Marina Bonilha, professora de Fisioterapia Dermatofuncional e Estética e Cosmética no Centro Universitário UniMetrocamp. “Por essa razão, não podemos negligenciar os cuidados, além de nos conscientizar da importância da fotoproteção solar”, diz. “O uso incorreto de protetor solar ou sua ausência traz grandes malefícios à pele, predispondo ao desenvolvimento de doenças como o câncer de pele e grandes disfunções estéticas, como o fotoenvelhecimento, surgimento de rugas, manchas e flacidez”, enumera. A docente ainda destaca que é necessário utilizar diariamente o protetor solar, com reaplicação a cada três horas, e isso durante todo o ano, não importando o clima.
Marina ressalta ainda que essa medida pode evitar inclusive os melasmas, ou aquelas manchas escuras que aparecem na pele, especialmente no rosto, após o banho de Sol e que atormentam muita gente. “As mulheres estão mais propensas a desenvolver essa condição, que não tem causa definida mas está ligada a alterações hormonais, seja com o uso de anticoncepcionais ou durante a gravidez, e pode também decorrer de predisposição genética”, informa. “O cuidado deve ser intensificado, com a proteção solar associada à fotoproteção de filtros físicos, como roupas, bonés, óculos escuros, sombrinhas e guarda-sóis”. Se as manchas já chegaram, há solução. “Existem tratamentos que podem ajudar na remoção do melasma, como cremes clareadores, ácidos específicos, peelings e utilização de laser, mas tudo apenas sob avaliação dermatológica”.
Há ainda outro alerta sobre esses tratamentos, tendo em vista que algumas substâncias não devem ser utilizadas sob o Sol pois podem provocar reações alérgicas graves e manchas, incluindo os ácidos, produtos e misturas caseiras com limão ou frutas cítricas e perfumes. No caso da maquiagem, muitas marcas já oferecem itens com protetor solar, mas mesmo nesse caso é recomendável reforçar a proteção. “Grande parte apresenta fator de proteção solar (FPS) muito baixo de 15 a 25, não sendo interessante porque não protegem a pele de forma eficaz quando expostos à luz solar, podendo, assim, causar manchas”, orienta. “É melhor optar por protetores solares pigmentados a partir do FPS de 35”.
Marina lembra que é fundamental criar hábitos diários de cuidados, identificando com o dermatologista o tipo de pele (seca, oleosa, mista, normal) para adotar os produtos mais adequados. Confira abaixo uma rotina prática e rápida recomendada pela professora do Centro Universitário UniMetrocamp e que pode ser adaptada para todos os tipos de pele – e de bolso:
Passo 1 – Higienize. É fundamental para retirar a maquiagem, resíduos de oleosidade, células mortas, poluição e sujeiras que são acumuladas durante o dia.
Passo 2 – Tonifique. Ajuda a equilibrar o PH e complementa a limpeza.
Passo 3 – Hidrate. Atua na reposição de água da pele.
Passo 4 – Proteja. O protetor solar e a fotoproteção física previnem problemas provocados pela exposição ao Sol sem proteção, como câncer de pele, envelhecimento precoce e queimaduras solares.