O diretor da Regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), José Nunes Filho, nessa terça – 24 de março, em entrevistas à Imprensa regional, analisou os primeiros impactos provocados pela pandemia do Coronavírus na indústria. “Foi um choque. A indústria regional está sentido muito isso. As coisas acontecem muito rapidamente. Precisamos de socorro do governo para atravessar essa crise, principalmente para as pequenas e médias empresas, que vão ter que parar e estão ligadas à cadeia automotiva, de confecção, de linha branca e de eletroeletrônicos. Essas vão sentir os maiores efeitos”, explicou o diretor.
Nunes afirmou que as empresas das cadeias produtivas de alimentação, saúde e fármacos poderão continuar em operação, seguindo com os devidos cuidados e de acordo com os protocolos sanitários e, portanto não deverão sentir tanto os efeitos da pandemia do Covid-19.
O diretor do Ciesp-Campinas comentou que as empresas têm diversas alternativas para colocar os seus funcionários em isolamento, como banco de horas, teletrabalho, licença remunerada, férias coletivas e até redução de jornada de trabalho e salário. “Isso tem que ser colocado em funcionamento, para evitar o desemprego e diminuir os custos das empresas. É preciso que pare a cobrança de impostos. O governo federal já está fazendo isso com relação ao recolhimento do Simples, prorrogado por 184 dias. No entanto, os impostos estaduais e municipais continuam sendo cobrados. É importante que esses impostos sejam suspensos, para que as empresas não sofram ainda mais durante esse período difícil, que deveremos passar pelos próximos 60 a 70 dias. Até lá todos têm que continuar vivos – pessoas, empresas e empregos”, enfatiza Nunes.