Jornal de Campinas

Vaginismo: Um problema para 5% das mulheres do mundo

Um distúrbio que impossibilita o sexo saudável, o vaginismo tem cura e tratamento – o que não pode ter é insegurança e desinformação sobre o corpo feminino!

Um problema que afeta de 3% a 5% da população feminina, o vaginismo é uma distúrbio da sexualidade acarretado, em sua grande maioria, por fatores psicológicos. Uma dor intensa que se dá durante a relação sexual, gerada devido a contração involuntária dos músculos da região, tornando a penetração inviável.

Porém, tem cura! Com o tratamento certo, é possível superar o vaginismo e ter relacionamentos sexuais sem complicações. Porém, médicos orientam que é necessário o acompanhamento não apenas de um ginecologista mas de um sexólogo também. Isso ocorre pois grande parte dos casos têm origem psicológica, relacionada desde uma criação muito rígida à abusos e traumas.

A ginecologista Cristiane Schneckenberg exemplifica uma paciente com o transtorno na obra de sua autoria, Um espelho para Vênus. Através da personagem sexóloga Dra. Sara Mayer, a também autora consegue transmitir conscientização sobre a patologia e a importância de se conversar com o(a) parceiro(a) sobre o caso. Afinal, o sexo é para dar prazer a ambos, respeitando sempre um ao outro.

Leia abaixo o trecho no qual a Dr. Sara auxilia a paciente Márcia, uma mulher jovem, mas que ainda apresentava muitos receios no âmbito sexual.

“Márcia não tinha o hábito de se tocar e ficou desanimada com a proposta terapêutica. Expliquei que o tratamento seria com exercícios em que ela introduziria um e depois dois dedos na vagina, promovendo um maior conhecimento e conquistando um domínio sobre si mesma. Insistiu em querer um remédio ou algo que substituísse os exercícios.

– Seu corpo está esperando que você aprenda a controlá-lo. Você não é uma gerente exemplar? Então pense nisso como uma questão de gerenciamento. Vamos organizar esse setor para que trabalhe perfeitamente a seu favor. Se você consegue coordenar aquela loja enorme do shopping, não vai deixar de coordenar o comportamento de uma simples vagina.

– Se não tem outro jeito, vou fazer tudo certinho.

Apesar da relutância inicial, Marcia cumpriu as tarefas e fomos progredindo. Após umas cinco consultas, já se sentia confiante.”

Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/mulher-2/voce-sabe-o-que-e-vaginismo/

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