Lázara Paes Leme O livro “Meu Lírio do Campo”, publicado pela 3DEA Editora, mostra as lições para enfrentar os machucados da vida
Alcoolismo, solidão, desesperança e feridas. Duas pessoas completamente diferentes se cruzam em Meu Lírio do Campo, livro da autora Luana Lazzaris e publicado pela 3DEA Editora. Dylan: uma criança que perdeu a mãe e precisou lidar com o pai alcoólatra, passou a integrar uma gangue de ladrões de carro de luxo. Letícia: uma menina inocente, se transformou em uma garota extremamente tímida e cheia de traumas da infância.
A história se dedica em mostrar como traumas na infância persistem na vida das pessoas até quando a caminhada parece ter se estruturado. Ter apoio em momentos críticos também é citado como um ponto fundamental. Luana trata de temas delicados de uma forma comovente com diversos ensinamentos, descobertas e superação.
A narrativa apresenta a vida confusa de duas pessoas que tiveram sua inocência arrancada quando nem sabiam o significado dessa palavra. A desesperança, as dores e os traumas dos personagens são sentidos pelo leitor através de uma construção tocante de Luana.
Quando Dylan e Leticia se encontram na pacata cidade de Campo Belo, as feridas parecem sanar em um passe de mágica, mas os traumas de infância sempre voltam. A diferença é que agora eles poderão enfrentar as fantasias do passado juntos.
“Abri os olhos, parecia que eu estava enxergando pela primeira vez. E com certeza era. Depois que Dylan falou do seu amor por mim, disse tantas palavras de carinho e arrematou tudo com o beijo mais perfeito, com certeza estava vendo o mundo pela primeira vez. Um mundo em que o toque de um homem pode e deve ser de carinho.” (Meu Lírio do Campo, pág. 137).
É uma leitura recomendada para todas as idades. Para quem se permite refletir sobre um tema tão complexo e delicado. Pelo olhar sensível da escritora, os leitores são convidados para abraçar esse romance e ter de volta o que falta ainda para muitos: a esperança.
Sinopse: Integrar uma gangue de ladrões de carros de luxo, não fazia de Dylan a melhor pessoa, tampouco a pior. Fatos da sua infância determinaram mais sobre a sua própria vida, do que ele gostaria. E assim, levado por uma sequência deles, foi parar na pequena e interiorana Campo Belo. O jovem forasteiro com o corpo coberto por tatuagens, assusta os moradores da pacata cidade, em especial Letícia, que está longe de ser uma garota normal. E tal como ele, teve arrancada de si, a inocência e a fé nas pessoas. Assim como uma flor nasce bravamente entre duas rochas, o amor nasceu entre duas pessoas profundamente feridas. O amor os curaria, mas, novamente, Dylan e Letícia terão de enfrentar os fantasmas do passado.
