Lázara Paes Leme 
Exposição tem 30 obras do artista campineiro
O Espaço Marco do Valle, no centro de Campinas, recebe a exposição individual “Onde o peixe molha o bico”, do artista campineiro Fabiano Carriero. Com pinturas e gravuras inéditas, a mostra segue até o dia 9 de abril. A visitação é gratuita e os horários são: segunda a sexta-feira das 9h às 17h e aos sábados das 9h às 12h.
São apresentados cerca de 30 trabalhos e estudos de Carriero que trazem provocações acerca da realidade do país e, como o próprio artista diz, “daquilo que é importante como mote para a criatividade, a exemplo da vivência do ócio”, como denomina seu prazer em produzir arte.
Também está na programação da mostra uma roda de conversa com Carriero sobre as relações da arte com o Centro de Campinas, passando pelas vanguardas das gerações anteriores e caminhando para os movimentos artísticos contemporâneos de bairros históricos e de outros territórios do município. Haverá, ainda, uma oficina. Tudo aberto à comunidade.
O endereço é Rua Dr. Quirino, 1856, no Centro de Campinas, com acesso para pessoas com deficiência.
Sobre Fabiano Carriero
É natural de Campinas, mas cresceu em Araruama(RJ), onde diz “ter aprendido tudo com a infância de moleque descalço”. Voltando à cidade em 2003, fez cursos de Arte na Escola Pandora e de Histórias em Quadrinhos e Caricatura com os cartunistas Bira Dantas e Paulo Branco.
Formou-se em Artes Visuais com licenciatura na PUC Campinas, onde aperfeiçoou-se em gravura e artes plásticas, principalmente com o artista e mestre Paulo Cheida Sans. Ao terminar sua graduação, dedicou seu ócio, como costuma dizer, à pintura, à gravura e às artes públicas, tais como lambe-lambe, stickers e muralismo, linguagens às quais teve os artistas grafiteiros Mirs Monstrengo e Coró Agave como motivadores de novos aprendizados, e onde vem “adentrando e se encontrando a cada nova obra”.
No campo profissional, desde 2007, mantém o seu cantinho “na praça” – Feira do Centro de Convivência de Campinas que ocorre todos os finais de semana, com enorme fluxo de pessoas interessadas em artes, artesanato, quitutes e antiguidades. Foi na praça que o artista também iniciou seu trabalho de caricaturista, e hoje expõe suas pinturas e gravuras, podendo, assim, não só viver da arte, mas espalhar as reflexões que suas obras provocam.
Em 2011, teve seu primeiro ateliê na Avenida Barão de Itapura, nº 2042, onde realizou nove exposições, debates artísticos, encontros e feiras. Desde 2016, reside em seu novo espaço, chamado Ateliê Folha, localizado na Vila Industrial. No local, realiza mostras, encontros e feiras, inclusive nas calçadas do histórico bairro de Campinas e nas proximidades de seus primeiros murais públicos, motivando a frequência de público pela vila e a sua importante valorização cultural.
