Jornal de Campinas

Março Amarelo do Mundo Animal

Entre as conscientizações do Março Amarelo está também o Mês de Prevenção das Doenças Renais em Cães e Gatos. Os animaizinhos, cada vez mais presentes nos lares brasileiros, requerem precaução em problemas de saúde corriqueiros para que se garanta o prolongamento do bem-estar do pet e, consequentemente, do seu tutor.

De acordo com a veterinária Jéssica Almeida Santana, do Hospital Veterinário Taquaral, as doenças renais estão entre as principais causas de morte de cães e gatos acima dos 7 anos de idade e, em graus diversos, chegam a acometer até 60% da população de pets idosos.

Saúde dos felinos depende dos cuidados dos tutores/Foto: Milton Félix


Causas

As causas da doença renal podem ser várias. Dra. Jéssica frisa que a origem genética não está descartada, além do problema estar relacionado à idade avançada ou, ainda se desenvolver em decorrência de outras doenças, como por exemplo, infecções e disfunções no coração.

Com identificar?

O tutor deve ficar atento a alguns sintomas, conforme orientação da Dra. Jéssica. Perda de apetite; emagrecimento; vômitos e diarreia (muitas vezes até com sangue); aumento da ingestão de água; aumento do volume de urina (e de cor mais clara); má condição de pelagem, letargia e infecções urinárias recorrentes.

Dra. Jéssica destaca que diversos exames são necessários para confirmar a existência de doença renal, classificá-la entre quadros agudos e crônicos e delinear quais as alterações presentes no organismo a fim de que o tratamento seja direcionado. O de Densidade e pH urinário (exame de urina), Fósforo sanguíneo, Utrassonografia, pressão arterial, o de presença de proteinúria e o de Razão Proteína – creatinina urinária estão entre os testes.

Raças mais afetadas

Apesar de todos os gatos e cães serem suscetíveis às doenças renais, algumas raças são mais representadas entre os pacientes que apresentam essas alterações. Entre os cães estão: Shar Pei; Bull Terrier; Cocker Spaniel Inglês; Bullmastife; Rottweiler; West Highland White Terrier; Golden Retriever; Lhasa Apso; Schnauzer Miniatura, Shih Tzu e Poodle. Já os felinos que mais apresentam são os Persas, Exótico e Abissínio.

Existe cura?

Embora esta enfermidade seja incurável, é possível que o animal conviva com a doença por determinado tempo, sendo submetido a uma variedade de medidas terapêuticas, com o objetivo de amenizar as manifestações clínicas e prolongar a vida por meses e até anos. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para aumentar o tempo de sobrevida do bichinho.

Em casos mais graves, a internação é necessária para acompanhamento intensivo. “Tudo vai depender da gravidade e da origem do problema. É importante ressaltar que, por ser uma doença crônica, o cachorro ou o gato precisará de assistência durante toda a vida. Com o acompanhamento correto, o pet pode viver com qualidade”, afirma a Dra. Jéssica.

Veterinária Jéssica Almeida Santana, do Hospital Veterinário Taquaral/Foto:Milton Félix

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