Jornal de Campinas

Vini Rigoletto lança livro infantojuvenil com simbologismo da Consciência Negra

unnamed 14

Capa do livro “Nini O Menino que o Vento Levou”/Divulgação

54 / 100 Pontuação de SEO

Consciência Negra

Os eventos de lançamento de “Nini, o menino que o vento levou” – primeiro livro infantojuvenil do produtor cultural e escritor Vini Rigoletto -, serão nos dias 19 de novembro, em Campinas, e 20, Dia da Consciência Negra, em São Paulo. 

 

O livro infantojuvenil que o produtor cultural Vini Rigoletto acaba de publicar pela editora afrobrasileira Mazza Edições, para quem conhece o autor, poderia ser considerado uma autobiografia.  Isso porque, a história é mais do que uma narrativa sobre o personagem Nini, “o menino que o vento levou”: é uma celebração da ancestralidade e da identidade. O texto trata de aceitação, de pertencimento, de resistência e, principalmente, de amor-próprio. É um sopro da vida que revela raízes e identidade. Ao dar voz a um menino que aprende a se ver no espelho — e a gostar do que vê —, Vini Rigoletto convida o leitor a fazer o mesmo. Nini é uma rajada de liberdade, um convite para reconhecer que o vento que nos move vem, na verdade, de dentro. O autor mergulha nas descobertas de um menino que “carrega o mundo nos olhos” e que, assim como ele, precisou compreender seu lugar no mundo, entre afetos, identidades, dores e encantos.

 

Os lançamentos, agendados em Campinas para o dia 19 de novembro, no Radisson Red Hotel, e no dia 20, na Megafauna, na capital paulista, celebram mais essa conquista de Vini Rigoletto, atual gestor de Exposições do Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo.  O livro é enriquecido pelas ilustrações de Thiago Amormino.

 

Um menino feito de vento

 

Nini é apresentado como uma criança leve, quase etérea, mas profundamente marcada pelas correntes que o atravessam: o amor, o preconceito, a curiosidade e o desejo de ser. O livro nasce como um voo entre o real e o simbólico em uma narrativa que mistura fantasia e autobiografia, memória e imaginação. Ao contar a história de Nini na primeira pessoa, Vini Rigoletto permite ao personagem uma maior proximidade com o leitor para poder revelar seus segredos mais íntimos que incluem as dores do preconceito racial, as confusões diante das questões de gênero e as dúvidas comuns entre a infância e a adolescência. Em algumas situações, no entanto, o autor parece se afastar para que o distanciamento se transforme em reflexão sobre a necessidade de recuar para compreender as próprias emoções e identificar caminho a ser percorrido. É nesse movimento — entre se ver de fora e se escutar por dentro — que o menino de vento e o autor se encontram.

 

177e565737c9ba3565c0560cf157d0a8 medium
 

O produtor cultural, jornalista e escritor Vinícius Rigoletto/Divulgação

 

Vini e Nini: o espelho e o vento

Para quem conhece Vinícius Rigoletto, não é difícil perceber o paralelo entre o criador e sua criatura. Vini também é um “menino levado pelo vento”, um ser inquieto, movido pela arte, pela imaginação e pelo desejo de transformação. Negro, adotado por uma família branca, o autor enfrentou desde cedo o peso do preconceito e os desafios de afirmar sua identidade. O “vento” que o moveu, no entanto, nunca foi o das circunstâncias externas, mas o de uma força interior, como um sopro criativo e libertador que o fez seguir em frente, mesmo nas tempestades.

 

Assim como Nini, Vini é dono de um estilo único: orgulha-se do cabelo crespo, das cores vibrantes das roupas que veste e da alegria ancestral que o conecta às raízes africanas. Sua trajetória é marcada pela coragem de se reconhecer como um ser múltiplo, criativo e sensível. Alguém que não se deixa definir por padrões, mas se afirma na autenticidade. Mais do que uma narrativa de crescimento, “Nini, o menino que o vento levou” é uma celebração da ancestralidade e da identidade. O livro fala de aceitação, mas também de pertencimento; de resistência, mas também de amor. A obra é, ao mesmo tempo, confessional e universal, um voo leve e profundo sobre a beleza de ser quem se é de forma inteira, diversa e verdadeira.

 

Serviço

 

Lançamento do livro: “Nini, o menino que o vento levou”

Campinas – dia 19 de novembro, 19h

Radisson Red Hotel – Av. Julio de Mesquista, 705, Cambuí

São Paulo – dia 20 de novembro, 17h

Megafauna, Edifício Copan

Mais sobre o autor no Instagram @vinirigoletto

 

 

Read Previous

Caminho da Capacitação oferece 120 vagas gratuitas de oficinas em Hortolândia

Read Next

Artigo: Uma República para todos os brasileiros