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Por Rafael Cervone*
A imprensa britânica e norte-americana tem a tradição de publicar notícias absurdas no Dia da Mentira, 1º de abril, data que inaugurou este mês, mais um em que nós, empresários e trabalhadores brasileiros, seguimos matando um leão por hora para seguir em frente. Como referência à data e externando tudo o que desejo para nossa Pátria, decidi realizar um exercício de redação análogo aos textos bem-humorados dos jornalistas de língua inglesa.
Neste abril, acordamos em um país onde o governo zerou o rombo fiscal. O SUS está tão eficiente que os gringos estão marcando “férias médicas” aqui. O ensino público virou referência. As rodovias estão perfeitas, os trens de cargas não atrasam e as aduanas são rápidas nos desembaraços. A consciência no trânsito também evoluiu muito. A justiça agora é muito ágil. O “Custo Brasil” encolheu tanto que as empresas estrangeiras estão fazendo fila para investir aqui.
O acesso ao crédito é amplo, com juro baixo, e o índice da criminalidade caiu a quase zero. A desigualdade socioeconômica diminuiu muito e acabou o déficit habitacional de sete milhões de moradias. Também universalizamos o saneamento básico e cumprimos as metas da agenda do clima.
Fake news, utopia ou um projeto viável de Estado e de país? Pensando bem, nada disso é impossível. São só escolhas. Então, em vez de rirmos das mentiras, que tal começarmos a trabalhar com firmeza e persistência para que o Brasil desenvolvido de nossos sonhos se converta em imensa verdade? Afinal, decidir qual será o futuro de nossa história só depende de nós.
*Rafael Cervone é presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).