Centro de Campinas movimenta o comércio-Divulgação
Comerciantes que já esperavam a ampliação do horário do funcionamento em dezembro para as vendas de Natal terão que limitar o atendimento a 10 horas diárias e a 40% da capacidade de cada estabelecimento. ACIC estima que 13º salário injete R$ 1,9 bilhão na economia local
Obedecendo às regras da Fase Amarela do Plano São Paulo que determinam o funcionamento de estabelecimentos comerciais por, no máximo, 10 horas diárias em todo o Estado, a partir de amanhã, 3 de dezembro, o comércio de rua de Campinas permanecerá aberto das 9h às 19h, de segunda a sábado, e das 9h às 17h, aos domingos. O horário havia sido escolhido por 80% dos comerciantes que participaram da consulta feita diretamente pela presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), Adriana Flosi. Já no feriado de 8 de dezembro, próxima terça-feira, conforme acordo coletivo definido no início do ano, o comércio deverá funcionar das 9h às 17h.
No entanto, em respeito aos 20% que preferiam a abertura das 10h às 20h, a presidente da ACIC encaminhou ao prefeito Jonas Donizette o resultado da consulta e sugeriu que os comerciantes de rua, a exemplo dos shoppings centers, tenham a liberdade de escolher o horário de funcionamento, desde que não ultrapasse 10 horas diárias. O pleito foi acatado pelo prefeito. Já os shoppings centers funcionarão em três horários diferentes: Parque D. Pedro, Parque das Bandeiras e Iguatemi, das 12h às 22h; Campinas Shopping, Galleria e Spazio, das 11h às 21h; e Prado Boulevard, das 10h às 20h.
Para Adriana Flosi, o comércio, um dos setores mais prejudicados este ano devido à pandemia da Covid-19, vê-se novamente obrigado a novo sacrifício. “Não são apenas duas horas a menos por dia porque, tradicionalmente, em dezembro, as lojas ampliam o horário de funcionamento para atender à demanda referente ao Natal”, salienta. A presidente da instituição, no entanto, destaca que, ao longo do confinamento devido à pandemia, a ACIC proporcionou diversas palestras e cursos para orientar e preparar os lojistas a oferecerem seus produtos e serviços, comercializando-os também por meio das redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas e e-commerce.
Vendas de Natal
A análise divulgada pelo Departamento de Economia da ACIC, feita no final de novembro, indicava que o faturamento do comércio de Natal em Campinas, em 2020, deveria ser de R$ 2,5 bilhões (queda de R$ 165 milhões em relação à 2019). Na opinião do economista Laerte Martins, diretor da instituição, o retrocesso à Fase Amarela, embora possa afetar as vendas físicas, devem fazer com que as vendas digitais se elevem na mesma proporção
13º salário
O 13º salário deve movimentar até dezembro de 2020, em Campinas, cerca de R$ 1,9 bilhão. Em 2019, foram R$ 2 bilhões. A queda é de 1,75% em relação ao ano passado. De acordo com a avaliação feita pelo economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas, Laerte Martins do montante de R$ 1,9 bilhão, este ano, 55% devem ser direcionados para o consumo; 44% para quitar a inadimplência e 1% para a poupança.
O faturamento do comércio em dezembro deste ano, previsto em R$ 2,6 bilhões, representa uma queda de 3,20% em relação ao faturado em dezembro 2019, que atingiu R$ 2,7 bilhões. A redução será de R$ 87,1 milhões no Faturamento.
RMC
Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o recebimento do 13º salário deverá movimentar até o final de dezembro cerca de R$ 4,9 bilhões, contra R$ 5,1 bilhões faturados em dezembro de 2019, indicando uma redução de 3,75%. O economista da ACIC estima que R$ 4,9 bi, cerca de 55,0% deverão ser direcionados para o consumo; 44% para a inadimplência e 1% para a poupança. No faturamento de dezembro deste ano, a previsão é de R$ 6,1 bilhões, que representam um percentual negativo de 3,75%) em relação aos R$ 6,3 bilhões do mesmo período de 2019. A redução é de R$ 223,5 milhões no faturamento de 2020.