Jornal de Campinas

Inezita Barroso é homenageada com documentário


INEZITA é um documentário realizado pela equipe da TV Cultura, dirigido por Helio Goldsztejn, com roteiro de Fabio Brandi Torres, que tem estreia nacional em 28 de fevereiro, quinta-feira.

Desafiando família, preconceitos, a própria época em que começou a carreira e até o universo de um gênero musical, Inezita Barroso venceu várias batalhas ao longo da vida. Sempre carregou a bandeira da preservação da música de raiz e abriu caminho para que outras mulheres também pudessem cantar e tocar viola.

   Foram mais de 60 anos de carreira, quase 35 deles à frente do Viola, Minha Viola, um programa que se tornou um espaço único de defesa da música caipira. Como apresentadora, Inezita comprou várias brigas por admitir apenas a presença de artistas que procuravam manter a tradição do gênero que abraçou, não admitindo a presença de baterias e teclados no palco do programa, por exemplo.

Mas apesar dessa ser a face mais conhecida de Inezita, ela também foi atriz de cinema (chegando a ganhar o Prêmio Saci de melhor atriz de 1955, dirigida por Alberto Cavalcanti), pesquisadora, folclorista, radialista, professora universitária e, claro, cantora. Mas não só de música caipira. Para Paulo Vanzolini, ela era a melhor cantora de samba do país.

O documentário tem participações de: Ruth de Souza (atriz), Mary e Marilene Galvão (cantoras), Renato Teixeira (cantor e compositor), Ary Toledo (humorista), Daniel (cantor), Nicete Bruno (atriz), Eva Wilma (atriz), José Hamilton Ribeiro (jornalista e pesquisador), Paulo Freire (violeiro), Zuza Homem de Mello (crítico musical), Rodrigo Faour (pesquisador musical), Wandi Doratiotto (músico), Marta Barroso (filha de Inezita), Paula, Cristina e Fernanda (netas de Inezita), Juliana Andrade (cantora e violeira), Bruna Viola (violeira), Pelão (produtor musical), Joãozinho (músico), Roberta Miranda (cantora), Adriana Sanchez (sanfoneira) e Bosco Fonseca (músico).


Sinopse:

Ignez Magdalena Aranha de Lima, a Inezita Barroso (1925-2015), revolucionou a música brasileira. Mas o caminho não foi fácil: ao começar a carreira, ela precisou desafiar a família e lutar por espaço no samba, dominado por homens. Além de cantora, Inezita foi instrumentista, atriz, bibliotecária e apresentadora de televisão, tendo comandado o programa Viola, Minha Viola por 35 anos.

Direção: Helio Goldsztejn

Jornalista, formou-se na faculdade Cásper Líbero em 1973. Trabalhou como repórter na televisão e, desde 1993, dirige o programa Metrópolis, da TV Cultura. Estreou na direção de documentários com Theatro Municipal – 100 Anos de Arte (2011). Também comandou filmes documentais, para o cinema e a televisão, como Tomie Ohtake (2015) e Lygia, Uma Escritora Brasileira (2017). Classificação indicativa: 10 anos

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