Os alunos voluntários da EE Profª Eunice Virgínia Ramos Navero visitam a nascente intermitente do córrego São Quirino como parte da ação de educação ambiental. Foto: Guilherme Zayat
O Projeto Águas para o Futuro reúne um coletivo de 12 jovens voluntários da Escola Estadual Professora Eunice Virgínia Ramos Navero e tem o objetivo de conscientizar e chamar a atenção para importância e para a preservação das bacias e dos mananciais de Campinas. A iniciativa é fruto da parceria entre as Secretarias Municipais do Verde e Desenvolvimento Sustentável, da Educação e do Instituto Artesano para o Desenvolvimento Sustentável.
A proposta é que os alunos tenham aulas de educação ambiental na prática, ampliando o conhecimento sobre a cidade e seu funcionamento e o uso racional da água. “Começamos as ações tendo o Córrego São Quirino, que passa atrás da escola, como referência. Os jovens fizeram um reconhecimento da área, sinalizaram o córrego e desenvolveram um cronograma de ações para preservação”, explica Monica Picavea, diretora do Instituto Artesano para o Desenvolvimento Sustentável.
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Para Maria de Fátima Franco Cação, diretora da escola estadual, os alunos do Ensino Fundamental e dos Anos Finais têm a oportunidade de integrar diversos conhecimentos e trabalharem com situações reais, que fazem parte de seus cotidianos. “É um projeto de longo prazo, que conecta diferentes saberes e diversas ações em prol da conservação ambiental”, relata.
Visita à nascente
Na última quinta-feira (14/10), os participantes do Projeto Águas para o Futuro visitaram uma das nascentes do Córrego São Quirino, que fica dentro do residencial Artesano Galleria. “Além de conhecerem uma nascente intermitente – ou seja, que apresentam fluxo de água somente na época das chuvas – que fica dentro de uma área de conservação ambiental, os jovens tiveram acesso a diversas ações de sustentabilidade que estão sendo implementadas no espaço, como horta orgânica, tratamento de esgoto, energia solar e compostagem”, relata Monica. Ao final da visita, os alunos plantaram árvores nativas da Mata Atlântica, bioma predominante na região de Campinas.
Para Ágata Gabriele Martins Freire, 14 anos, participante voluntária do Projeto Águas para o Futuro, a iniciativa ampliou o olhar sobre a questão da água. “Na nascente, falamos sobre como o bambu drena a água que deveria estar correndo ali. Durante a visita, aprendemos sobre a importância da composteira, da presença de calcário na terra e de um solo fértil, além de descobrirmos como plantar árvores e quais eram as espécies nativas”, conta a estudante.
Próximos passos
Na sequência do projeto, os participantes do coletivo ambiental devem receber kits para análise da qualidade da água do Córrego São Quirino. “Eles farão coletas em três diferentes pontos, da nascente e um trecho mais urbano, verificando as interferências e levantando problemas e questões que afetam os cursos d’água. Discutiremos nas aulas os impactos dessas descobertas, como podemos tratar do assunto de forma estruturada e que fomente a ação”, conta Viviane Real, coordenadora pedagógica da EE Profª Eunice Virgínia Ramos Navero.
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