Jornal de Campinas

Placas alertam sobre o carrapato-estrela

Novas placas informativas sobre o carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, estão sendo instaladas nos sete principais parques de Campinas. São sete banners na entrada de cada local e 45 placas informativas que alertam sobre a presença do o carrapato-estrela . O objetivo é alertar a população para evitar o contato com as áreas vegetadas dos parques, como a grama e folhas secas, para não correr o risco de ser parasitado pelo carrapato. A instalação começou na sexta-feira, dia 24 de setembro, pela Lagoa do Taquaral.

Também receberão as placas alertando sobre o carrapato-estrela: o Lago do Café, Lagoa Mingone, Taquaral, Pedreira do Chapadão, Parque das Águas, Parque Ecológico Hermógenes Filho e Parque Monsenhor Emílio José Salim. Mais 150 placas serão instaladas em outras áreas de risco no município. 

Como informado nos avisos, os frequentadores devem usar os caminhos de terra e calçamentos. Andar, sentar ou deitar na grama e na folhagem precisa ser evitado, assim como piqueniques ou sessões de fotos sobre estas áreas. Para isso, pode-se usar as mesas dos parques.  “A população pode e deve frequentar o parque, porém, precisa tomar esses cuidados”, disse a coordenadora do Programa Municipal de Arboviroses, Heloísa Malavasi.  Caso alguém passe por áreas de vegetação e de mato, é preciso ficar tento por cerca de 15 dias aos sintomas da doença, que são febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo. A febre maculosa é uma infecção grave. Não existe vacina contra ela e não é possível eliminar totalmente o carrapato.

O que fazer se for parasitado  

“A Febre Maculosa tem cura e o tratamento inicia já na suspeita. Se tiver febre e ou qualquer outro sintoma da doença, não espere. A enfermidade tem uma evolução muito rápida e os sintomas podem ser confundidos com dengue ou Covid-19. Vá a um serviço de saúde e informe que teve contato com o carrapato ou esteve em locais de risco”, disse Heloísa.  A coordenadora também reforça que se houve contato com essas áreas vegetadas, em parques ou na zona rural, é preciso fazer uma inspeção cuidadosa no corpo. “O carrapato estrela é muito pequeno e pode até mesmo ser confundido com alguma pinta. É preciso ter atenção especial às regiões mais quentes do corpo como virilha, atrás do joelho e atrás do pescoço”.

Casos  

Em 2021, até o momento, três pessoas morreram em razão da doença. A vítima mais recente foi um homem de 21 anos, que morreu em agosto. O provável local de infecção foi o bairro Boa Esperança. Em julho, um homem de 58 anos e um adolescente de 13 morreram em razão da doença. Os locais prováveis de infecção foram o distrito de Sousas e o bairro Vista Alegre, respectivamente.

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