Dra Denise Franco/Foto: Lázara Paes Leme
Pré-Diabetes
A Merck Brasil reuniu imprensa e formadores de opinião para apresentar estudo inédito no Brasil dos dados recentemente divulgados no Congresso da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) 2025. Pela primeira vez, estudos demonstraram que normalizar a glicemia em pacientes com pré-diabetes, alcançando a remissão desta condição, pode reduzir em mais de 50% o risco de morte cardiovascular ou hospitalização por Insuficiência Cardíaca (IC) e em mais de 40% o risco de mortalidade por todas as outras causas.

As médicas Denise Franco, Roberta Brito e Thelma Assis/Divulgação Comunicação Merck
“Essas evidências comprovam que reverter o pré-diabetes para valores glicêmicos normais não está apenas associada à menor incidência de diabetes tipo 2, mas também representa uma abordagem pioneira para a prevenção primária nos indivíduos com pré-diabetes”, comenta Dra. Denise Franco, endocrinologista e especialista em tecnologia no tratamento do diabetes, membro da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Assista a entrevista com a doutora Denise Franco
De acordo com dados da SBD, cerca de 30 milhões de brasileiros vivem com pré-diabetes no país.
A doença, apesar de silenciosa, aumenta em 15% o risco de alguns tipos de câncer, 20% o risco cardiovascular e 67% o risco de complicações renais.
“Nosso papel é mostrar que o pré-diabetes é uma doença que ainda pode ser revertida, um convite à ação imediata”, reforça Roberta Brito, gerente médica da Merck para diabetes e obesidade. “A iniciativa reforça nosso compromisso com a prevenção e educação em saúde, estabelecendo estratégias de controle, não somente em relação à evolução para o diabetes tipo 2 (DM2), mas também na redução do risco cardiovascular e na melhoria da qualidade de vida da população”, reforça.
O evento foi mediado pela Dra. Thelma Assis, médica e apresentadora. “É importante que a população saiba que o rastreio do pré-diabetes é simples, e que, na maioria dos casos, a mudança de hábitos alimentares e a incorporação de atividades físicas intensas são capazes de evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 2, uma doença crônica, irreversível e progressiva”, explica Thelminha. Em casos determinados ou quando a mudança de estilo de vida não é adotada adequadamente, o uso de medicação pode ser necessário para a normalização da glicemia.

Consulta Pública (PCDT)
Até o dia 11 de novembro, está aberta a Consulta Pública para Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para atualização do tratamentode diabetes. No documento, entre outras alterações, houve a recomendação da retirada do pré-diabetes como um fator de risco para o diabetes tipo 2.
“A retirada do pré-diabetes como fator de risco para diabetes tipo 2 nos surpreendeu, pois, inicialmente, essa avaliação sequer fazia parte do escopo da revisão do PCDT, e está desalinhado às diretrizes nacionais e internacionais, como a europeia e americana.
Assim, queremos chamar a atenção para a importância da manutenção do pré-diabetes como fator de risco – principalmente, em posse desses dados recentemente apresentados no EASD sobre redução de mortalidade e internação”, comenta a dra. Franco.


