Jornal de Campinas

Reposição hormonal melhora a qualidade de vida de homens e mulheres

Médico_Ricardo_Campos_crédito_Roncon&Graça Comunicações

   O médico Ricardo Campos, adepto da Medicina Integrativa, que tem como foco atuar na prevenção de problemas de saúde, afirma que a reposição da testosterona, quando bem indicada e precisa, contribui para a melhora da qualidade de vida da mulher e do homem.

Como podemos definir o conceito de Medicina Integrativa?

Precisamos conhecer o paciente como um todo, para realizar tratamento efetivo e continuado. De certa maneira, a Medicina Integrativa também resgata aquele ‘médico de família’, por ter uma visão mais ampla do conceito de visa saudável. Por exemplo, para tratar de um paciente diabético que é obeso, ele precisa emagrecer. As pessoas querem viver mais com melhor qualidade de vida e hoje já é possível se chegar aos 70 anos fazendo as mesmas coisas que aos 30.

Isso tanto na aparência estética da pessoa, como na sua força física?

Os dois aspectos serão beneficiados. Veja o caso de uma mulher com 60 anos, que não tem vontade de ter relação sexual com o marido, tem ondas de calor, está engordando, a pele ficando flácida e o cabelo caindo.  Se ela começar a fazer a reposição hormonal, a libido melhora, a vagina volta a ficar lubrificada e ela não terá mais dor na relação sexual, não terá mais ondas de calor e a memória começa a melhorar. Essa reposição vai prevenir ainda Alzheimer e Parkinson e outras doenças. Tudo isso com um tratamento relativamente simples.

A reposição hormonal não pode provocar outras doenças, como câncer?

As pessoas normalmente confundem. Não é bem assim. Atualmente os hormônios usados têm uma estrutura molecular igual aos que são produzidos no nosso organismo. Dessa forma a resposta fisiológica será ideal e não trará problemas. O que ocorre é que com a idade, a tendência é de se aumentar o risco de câncer, até por maior tempo de exposição a aspectos externos, como a poluição.

É importante ressaltar que a medicina tradicional faz o diagnóstico precoce, como no câncer de mama. Já se pode tentar bloquear o aparecimento desse câncer. Isso pode ser feito através de hormônios, desde que se entenda a fisiologia do organismo. Na mulher mais velha, que só tem o hormônio estrogênio, a incidência do câncer de mama é maior do que na mulher jovem, que tem muitos hormônios. A mama da mulher mais velha tem mais gordura que vai produzir mais estrogênio, que pode estimular o desenvolvimento do tumor. Então com uma composição precisa de hormônios pode-se bloquear isso. Estudos comprovam que em 23 mil mulheres que usaram uma combinação de hormônios, ocorreu uma redução de 25% no aparecimento do câncer de mama.

A reposição hormonal, especificamente a testosterona, pode ser usada pelo homem e pela mulher?

Pode ser usada pelos dois. Toda mulher que usa anticoncepcional tem deficiência de testosterona. Isso é 100% certo. Em uma jovem de 20 anos, que use pílula há cinco anos, a possibilidade de estar com a sua testosterona zerada é muito alta. Nesse caso o ideal seria ela parar de tomar o anticoncepcional, para que os níveis de produção da testosterona voltem ao normal. Se continuar a tomar a pílula e não fizer a reposição do hormônio, terá dificuldade para o orgasmo, queda da libido e na performance física e diminuição da massa muscular. No homem, a diminuição da testosterona está muito ligada ao aspecto sexual, não tem como esconder. A testosterona pode ser normal aos 70 anos de idade, embora no homem em geral a partir dos 35 anos, o nível de testosterona diminui 1% ano. Tenho verificado muitos pacientes jovens com testosterona baixa, porque usaram muito anabolizante na adolescência ou por fazerem uma alimentação errada.

A reposição hormonal pode então trazer muitos benefícios?

A maioria das doenças psíquicas, como a depressão, está relacionada com as alterações hormonais. A reposição hormonal deve ser utilizada dentro dos seus limites adequados. O tratamento hormonal não blinda as pessoas, mas com certeza elas terão uma qualidade de vida muito melhor, com bem-estar físico, psíquico e social.

 

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