Jornal de Campinas

Sinfônica de Campinas abre temporada com obras de Carlos Gomes e Pietro Mascagni

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas inicia as comemorações de seus 90 anos de existência nos dias 15 e 16 de março, sexta e sábado, às 20h, e no domingo 17 de março, às 17h, no Teatro Castro Mendes. Sob a regência do maestro Victor Hugo Toro, a abertura da temporada 2019 terá repertórios do campineiro Carlos Gomes e do compositor italiano Gomes Pietro Mascagni.

De Carlos Gomes, serão apresentadas três canções : “Addio”, “Mon Bonheur” e “Mamma Dice”. De Pietro Mascagni , a ópera “Cavalleria Rusticana”, que é considerada uma das primeiras composições do realismo operístico italiano ou verismo. Além do maestro, a ópera contará com a atuação de cinco solistas, cada um representando um personagem, que são eles: soprano Tati Helene, como Santuzza , que será uma pobre camponesa; tenor Eric Herrero, como Turiddu, interpretará um alemão recém-chegado do exército; barítono Marcelo Ferreira, como Alfio, representando o carreteiro; mezzo soprano, Mere Oliveira, como Lola, que será esposa de Alfio; mezzo soprano, Juliana Taino, como Lúcia, na posição da mãe de Turiddu.

A ópera “Cavalleria Rusticana” terá, ainda, a participação dos coros Contemporâneo de Campinas, com o regente Angelo José Fernandes; Collegium Vocale Campinas , sob regência de Akira Kawamoto; e Madrigal Vivace, de Jundiaí, do regente Vasti Atique.

Maestro Victor Hugo Toro

Nascido em Santiago do Chile, realizou estudos de regência orquestral e graduou-se pela Faculdade de Artes da Universidade do Chile. Foi vencedor do II Concurso Internacional de Regência Orquestral – Prêmio OSESP . Tem sido convidado a reger as mais importantes orquestras de seu país, além da OSESP, onde foi regente assistente e apresentou importantes peças do repertório universal.

Junto ao seu importante trabalho com orquestras jovens de seu país, Victor Hugo Toro é também compositor e suas obras têm sido interpretadas por diversos grupos sinfônicos e de câmara. Recentemente foi laureado pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino com a Ordem do Mérito Cultural “Carlos Gomes” no grau de comendador, recebeu de parte da Câmara Municipal de Campinas a medalha “Carlos Gomes”, pelos relevantes serviços prestados à cidade. Atualmente é diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.

Soprano Tati Helene

A soprano, eleita pela principal revista eletrônica de música erudita do país, como uma das melhores do ano de 2017, pela sua performance em A Voz Humana na Sala Cecilia Meireles, no Rio de Janeiro, Helene já trabalhou com importantes nomes da cena lírica europeia. No Brasil, foi por duas vezes convidada para dividir o palco com artistas consagrados do meio lírico no projeto Grandes Vozes, primeiro com o barítono Renato Bruson e depois com a mezzo-soprano Graciela Araya.

Participou duas vezes do Festival de Ópera do Theatro da Paz, como Salomé na ópera homônima e como Senta na ópera Der fliegende Holländer, primeira ópera wagneriana a ser apresentada na cidade. Helene também se destaca como solista em obras sinfônicas: no Brasil, no Uruguai e na Itália.

Foi vencedora do primeiro prêmio do Concurso Bianca Biancchi em Curitiba (2002), selecionada nas Audiciones Nuevas Voces Liricas del Teatro Cólon de Buenos Aires (2008) e indicada como uma promissora voz Wagneriana nas Audições Brasileiras do International Richard Wagner Competition (2009)

Tenor Eric Herrero

Vencedor do VII Concurso Brasileiro Maria Callas, o Tenor Eric Herrero canta com regularidade nas principais salas de espetáculo do país.

Foi um dos cantores convidados pelo Theatro Municipal de São Paulo para a celebração dos 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922. Participou também da estreia europeia de Pedro Malazarte.

O tenor possui ainda importantes estreias nacionais em seu curriculum, entre elas, Florencia en el Amazonas de Daniel Catán, Ça Ira de Roger Waters e Poranduba de Villani-Côrtes, no Festival Amazonas de Ópera, Le Rosignol de I. Stravinsky no Theatro Municipal de São Paulo, Jenufa (versão Brno.) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Katia Kabanová no Theatro São Pedro/SP.

Barítono Marcelo Ferreira

O barítono Marcelo Ferreira Silva começou seus estudos musicais aos sete anos, no Conservatório Pernambucano de Música, estudando piano e violão clássico. Formou-se pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), recebendo a Láurea Acadêmica. Em seguida, completou mestrado em música na Universidade de Campbellsville (EUA), quando foi convidado a integrar a sociedade de honra acadêmica musical Pi Kappa Lambda.

É doutorando em Canto e Ópera pela Indiana University (EUA), o maior programa acadêmico de ópera do mundo, onde estudou com o renomado barítono Andreas Poulimenos.

Em sua carreira, Marcelo Ferreira Silva acumula diversos prêmios e atuou como solista com várias orquestras, cantando repertório sacro, de câmara e sinfônico. Também desenvolve trabalho docente dirigindo e ensinando no Opera Studio do Recife. No ano de 2014 ministrou um curso de história da ópera em São Paulo, Fortaleza e Recife dentro da programação da Caixa Cultural (Caixa Econômica). Ele foi também fundador e diretor da Companhia Operários, uma companhia local de música clássica.

Mezzo-soprano Mere Oliveira

Premiada em sete competições nacionais e internacionais de canto lírico, no Brasil, Argentina e Uruguay e Peru, o mezzo-soprano Mere Oliveira atuou por cinco temporadas o papel título da ópera Carmen, preparada por Teresa Berganza e Graciela Araya, incluindo o II Festival de Ópera de Brasília com a Orquestra Sinfônica Nacional, e no Teatro Castro Alves em Salvador com a Orquestra Sinfônica da Bahia. Mere desenvolve extensa carreira também como camerista apresentando-se em turnês na Europa com o Duo Cappuccino

É formada em Técnica Vocal, especializada em Metodologia do Ensino das Artes e Performance vocal, e cursa Licenciatura em Música.

Hoje é orientada pela mezzo-soprano Graciela Araya (Chile-Alemanha) e pelo preparador vocal Vitor Philomeno.

Mezzo-soprano Juliana Taino

Nascida em 1991, a mezzo-soprano Juliana Taino é formada em Música pela Faculdade de Artes Alcântara Machado (SP). Fez parte da 1° turma do Opera Studio do TMSP. Atuando desde 2011, já foi solista da 9º Sinfonia de Beethoven e participou das óperas “Dido e Eneas” (H. Purcell), como
segunda bruxa, “Carmen” (G. Bizet) como Carmen e Mercedez, “A Flauta Mágica” (W. A. Mozart) primeira e segunda damas, foi Lucilla em “A Escada de Seda” (G. Rossini), Fenena em “Nabucco” (G. Verdi), noTheatro Municipal de São Paulo; Maria, em “Porgy and Bess” (G. Gershwin), Flora em “La Traviata” (Verdi) e Hippolyta em “Sonho de uma noite de verão” (B. Britten). Foi semifinalista das Academias de Ópera de Florença e Paris e vencedora do Concurso Jovens Solistas da Fundação Clóvis Salgado. Em 2016, foi finalista do Concurso de Canto Maria Callas e vencedora do grande prêmio feminino do mesmo em 2017.

Serviço:

Orquestra Sinfônica de Campinas

Data e Horário: 15 /03 sexta e 16/03 sábado às 20h; 17/03, domingo, às 11h.

Local: Teatro Castro Mendes (Praça Corrêa de Lemos,s/nº, Vila Industrial. Campinas). Telefone (19) 3272-9359.

Ingressos: sábado – R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (estudantes, aposentados), R$ 10,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências), R$ 5,00 (estudantes das redes municipal e estadual).

Valor promocional aos domingos: R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia entrada); R$ 4,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências); R$ 2,00 (estudantes das redes municipal e estadual).

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