Comemorado anualmente em 1º de dezembro, o Dia Internacional da Luta contra a Aids visa conscientizar a população sobre uma das doenças que mais mata no mundo. A campanha tem a função de auxiliar no combate contra o preconceito que os portadores do vírus HIV sofrem, além de informar sobre os sintomas, o tratamento e formas de prevenção da doença.
A Aids é causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que ataca o sistema imunológico do indivíduo, tornando-o mais susceptível a diversas infecções oportunistas. As células mais atingidas pelo HIV são os linfócitos T CD4+, importante célula de defesa do organismo, responsáveis por proteger e combater o corpo humano de inúmeros agressores, como agentes infecciosos e células cancerígenas. Com a destruição das defesas do organismo, o corpo fica bastante fragilizado e propício a ser atacado por inúmeras doenças, como pneumonias bacterianas, infecções virais, tais como herpes, tuberculose, e até mesmo alguns tipos de câncer.
Nos últimos 10 anos, a taxa de novos casos de HIV/Aids entre jovens de 15 a 19 anos mais que triplicou, passando de 2,4 para 6,7 casos a cada 100 mil habitantes; já entre homens de 20 a 24 anos, essa taxa dobrou. Em uma pesquisa realizada em 12 cidades brasileiras publicada recentemente pela revista “Medicine”, a prevalência de infecção pelo HIV em homens que fazem sexo com homem aumentou acima das expectativas, de 12,1% em 2009 para 18,4% em 2016. São Paulo apresentou a maior taxa de infectados com HIV, com 24,8%.
O Ministério da Saúde estima que 150 mil brasileiros vivam com o HIV/Aids sem saber e, em muitas situações, o diagnóstico é feito quando o indivíduo já apresenta sinais de comprometimento da sua imunidade, numa fase mais adiantada. Por isso, os médicos indicam a realização do teste para todas as pessoas sexualmente ativas ou que apresentem outros riscos de aquisição do vírus. “A realização da testagem rápida é realizada por profissionais capacitados para prestar uma assistência integral e de qualidade”, explica a infectologista Ligia Pierrotti do corpo clínico do Lavoisier Laboratório e Imagem, laboratório da Dasa – líder brasileira em medicina diagnóstica. “É sempre bom reforçar que beijos de língua, abraços ou contatos com a pele da pessoa vivendo com HIV/Aids não transmitem o vírus!”, completa.
O teste rápido de HIV é feito com uma gota de sangue por meio de uma picada no dedo do paciente, a exemplo dos testes de glicemia, com resultado em até uma hora após a coleta. Em casos positivos, deve-se fazer o exame de sangue convencional para confirmar a presença do HIV e a sua quantidade. Isso é importante para o início do tratamento antirretroviral. Nos casos de resultado negativo e que o paciente tenha tido algum comportamento de risco, deve ser repetido o teste após um mês para se certificar do resultado.