Aparelho de medir glicemia-Divulgação
Apresentar sede excessiva, boca seca, fome constante e urinar com frequência pode não ser algo normal. Se os sintomas acompanharem ainda uma perda de peso inexplicada, é preciso ficar em alerta ao que pode ser o início de diabetes. A condição crônica, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue, devido à produção insuficiente de insulina ou à incapacidade do organismo de usar efetivamente a insulina produzida.
O diagnóstico precoce tem um papel fundamental no tratamento do diabetes, pois pode ajudar a evitar complicações graves a longo prazo, como doenças cardíacas, danos aos rins, problemas de visão, neuropatia e amputações. Por isso, é preciso estar atento aos sinais, conforme explica Rafael Moredo, pediatra e gerente médico das Unidades Ambulatoriais do Trasmontano Saúde.
“Os exames de rotina, como os de sangue para aferir os níveis de glicose, são fundamentais para o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo o diabetes for identificado, maiores serão as chances de controlá-lo”.
Para quem já é diabético, o tratamento inclui a utilização de insulina, a adoção de uma dieta equilibrada com controle da ingestão de carboidratos, a prática de exercícios físicos e o monitoramento dos níveis de glicose no sangue.
“Ter uma alimentação saudável, praticar atividade física e controlar o peso são fundamentais para manter sob controle os níveis de glicose no sangue e reduzir a resistência à insulina. É importante também realizar exames de acompanhamento para monitorar os níveis de glicose no sangue, pressão arterial, lipídios e outros fatores de risco, além de participar de programas de apoio e contar com profissionais de saúde especializados, que auxiliem a lidar com a condição”, finaliza Rafael Moredo.
Saiba mais sobre o diabetes
Existem três tipos principais de diabetes: tipo 1, tipo 2 e gestacional.
- Diabetes tipo 1: neste tipo de diabetes, o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas. Geralmente, se desenvolve na infância ou na adolescência e requer a administração diária de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue;
- Diabetes tipo 2: é a mais comum e, normalmente, atinge os adultos, embora também possa afetar crianças e adolescentes. No diabetes tipo 2, o corpo não produz insulina suficiente ou não a utiliza adequadamente. Fatores como obesidade, sedentarismo e histórico familiar podem aumentar o risco de desenvolvê-lo;
- Diabetes gestacional: ocorre durante a gravidez e, geralmente, desaparece após o parto. No entanto, mulheres que tiveram diabetes gestacional têm maior probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 posteriormente.