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Tapume que virou obra de arte no Cambuí_divulgação
Uma iniciativa de arte na rua no bairro Cambuí, em Campinas, SP, deu tão certo que promete provocar uma nova onda na cidade: transformar tapume de empreendimento imobiliário em galeria a céu aberto. Quem passa pela esquina das ruas General Osório e Conceição, no coração do bairro, tem sua atenção voltada para o colorido do muro das obras do Grand Paysage, torre de apartamentos de luxo das construtoras Copema e Stéfani Nogueira. As artistas plásticas Sara Rezende e Gislaine Martins, mais conhecida como Gim, de Campinas, foram convidadas a retratar no cercado de 107 metros de extensão toda a vivacidade, energia e beleza dos arredores do Cambuí.
A intenção dos idealizadores é a de premeditar a interação que o lançamento exercerá naquele trecho. Quando o edifício ficar pronto, o tapume com a obra de arte será desmembrado e leiloado e a verba repassada para entidades assistenciais de Campinas. “A sustentabilidade é uma das premissas da Copema e da Stéfani Nogueira, além da sofisticação. A filosofia é otimizar e dar funcionalidade às etapas das construções com a nossa assinatura. Melhorar onde estamos faz parte da marca em diversas frentes do trabalho e a entrega do recurso obtido com o leilão é só mais uma maneira de compensação à cidade pela boa receptividade com a qual nos prestigiou”, enfatiza o diretor comercial representante da parceria entre as construtoras em Campinas, Luciano Marco.
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Cada uma das artistas pintou metade do tapume. Elas usaram spray de cores variadas para contornar as saliências da superfície e conseguir o efeito desejado quando visto tanto de longe, quanto te perto. Na conversa inicial com as artistas as construtoras pediram como parâmetro apenas que explorassem o estilo de vida do Cambuí. “O esboço foi aprovado já na primeira apresentação e nos deixaram livres para definição dos materiais e cores. Fiquei muito satisfeita com todo o processo. Houve uma conexão desde o início, o que foi essencial para o projeto”, destaca Gim.
Sara, que está acostumada a expressar a sua arte ao ar livre, conta que não conhecia esse método das construtoras e nunca tinha feito um trabalho com este enfoque. “Foi muito gratificante trabalharmos em duas, dar um outro objetivo para o tapume e misturar figurativo com elementos abstratos. Em oito dias estava tudo pronto”, pontua.
O ineditismo da performance levou Gim a refletir: “Essa arte traz uma contrapartida para a população que passa pelo local, tornando o espaço muito mais agradável; gera novas consciências a respeito da arte, aproxima o público para a área, transforma novos olhares pela perspectiva da arte em relação ao meio e, por fim, resultará em doação para instituições. É um trabalho memorável”, comemora.