Dia Mundial da Alimentação/Imagem divulgação
O Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, merece máxima atenção este ano, pois cerca de 733 milhões de pessoas passam fome em todo o planeta. Um em cada 11 habitantes da Terra, sendo um em cada cinco na África, é afetado por esse flagelo, segundo o último relatório O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo, divulgado recentemente pela ONU. “São muitos os desafios a serem enfrentados para vencer o problema, principalmente a erradicação da miséria, redução das desigualdades regionais e o aumento da produção agrícola”, salienta o engenheiro agrônomo Dr. Fernando Carvalho Oliveira, que trabalha há mais de 30 anos com fertilizantes orgânicos compostos. Ele explica que esses insumos podem contribuir significativamente para o crescimento da oferta de alimentos ao aumentar a produtividade de forma sustentável. “Nas últimas décadas, o cenário da agricultura nacional tem sido marcado pelo aumento gradual do uso de adubo orgânico, mas ainda há muito a ser feito”, pontua.
Segundo o especialista, esse crescimento reflete mudanças de paradigma nas lavouras, impulsionadas pela busca por práticas mais sustentáveis, alinhadas à preocupação com a preservação do meio ambiente e aos preceitos da economia circular. “Os produtores estão cada vez mais conscientes da importância da sustentabilidade e da preservação dos recursos naturais. Essa nova visão tem incentivado investimentos em tecnologias e práticas agrícolas mais sustentáveis, mantendo uma produção de alimentos mais saudável e ambientalmente responsável”, ressalta.
Oliveira é o responsável técnico pelo fertilizante orgânico composto da Tera Nutrição Vegetal, unidade de negócios da Tera Ambiental, empresa pioneira na fabricação desse tipo de insumo. Seus adubos são produzidos por meio da compostagem termofílica de resíduos orgânicos industriais e agroindustriais e, principalmente, lodo resultante do tratamento de esgotos.
O lodo é uma fonte importante para a produção de fertilizantes orgânicos. Anteriormente visto como um resíduo indesejável, é agora valorizado por sua riqueza em nutrientes essenciais às plantas, como nitrogênio, fósforo, cálcio e enxofre. Esse aproveitamento inteligente de recursos tem contribuído para a redução da poluição ambiental e a promoção da economia circular.
Diversos estudos científicos comprovam os benefícios do composto orgânico. “Além de fornecer nutrientes essenciais às plantas, promove a melhoria da estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e reduzindo a erosão. Também estimula a atividade microbiana, contribuindo para a fertilidade da terra a longo prazo”, finaliza Oliveira.