Jornal de Campinas

O Maior Inimigo


                            
Quem é o seu maior inimigo?

Sob os mais variados aspectos, sempre encontramos um adversário a nos importunar.

Mas será que os nossos adversários são os nossos inimigos ou somente atuam em esferas energéticas diferentes das nossas?

Essa indagação nos leva à reflexão acerca daquilo que chamamos de o ponto fraco do ser humano que, na verdade, é sua inquietude, seu medo, seu desejo contínuo de ter ou ser.

Nesse processo reflexivo talvez possamos compreender nossas fraquezas e, dessa maneira, entendermos que nosso maior inimigo somos nós mesmos.

Isso, sob qualquer aspecto de nossas vidas, em razão da somatória das nossas inseguranças que, por vezes, nos faz permanecer estáticos.

Ocorre que, essa fraqueza, essa insegurança, só existe porque, normalmente, temos medo de enfrentar aquilo que não conhecemos. Santo Agostinho, teólogo e filósofo que viveu entre 354 e 430 d.C., já ensinava que “só se ama o que se conhece”, evidenciando que é preciso conhecer o porquê das coisas para que possamos entendê-las e com elas convivermos.

Havendo conhecimento há de se buscar um projeto maior, mais abrangente, global, que integra o ter ou ser do indivíduo. Por sermos seres gregários, já que vivemos e convivemos em comunidade, devemos pensar e nos posicionar de uma maneira mais integrada e não meramente individualizada.

Espiritualmente falando, ter ou ser, tem pouca repercussão porque o que temos ou somos não é de nossa propriedade. Ao contrário, somos meros depositários e usufrutuários dos bens e das posições sociais, dos quais Deus dispõe de acordo com sua vontade.

Daí a relevância da reflexão acerca da postura que devemos adotar frente aos nossos medos, buscando sempre o conhecimento para que possamos nos aprimorar fazendo nossa reforma íntima e, com isso, vencermos nossos hábitos, vícios e manias.

Assim, sem qualquer medo, venceremos nosso maior inimigo e, sobretudo, compreenderemos a verdadeira significância do ter ou ser e atuaremos, como verdadeiros construtores sociais, na evolução material e, sobretudo, espiritual do planeta.                                                                                                                        Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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