Jornal de Campinas

Dentistas constatam epidemia de fraturas dentais

Dra. Flávia Gorino relaciona a alta incidência do problema com o crescente nível de estresse mundial

Os profissionais da odontologia relatam um curioso aumento nos casos de fraturas em dentes sadios. Segundo eles, o número dessa ocorrência nunca foi tão alto. Com os consultórios fechados por 30 dias em meados de março, conforme recomendação das autoridades de saúde, os atendimentos estavam disponíveis apenas para urgências, como dores e infecções endodônticas. No entanto, desde que a contaminação por Covid-19 tornou-se conhecida, o problema mais comum tem chamado atenção dos dentistas.

Segundo a Dra. Flávia Gorino, da Clínica Odontológica AltroVilela, em Campinas, a maioria dos casos ocorre em dentes com raízes e restaurações saudáveis, o que indica uma provável relação com complicações causadas pelo estresse. “Essa ansiedade gera insônia, noites mal dormidas e, sem descanso, todo o organismo sofre com isso. Queda na produção de hormônios, pobre absorção de nutrientes e, principalmente, tensão muscular sobre os dentes”, ressalta.

Prevenção

A especialista explica que, inconsciente durante o sono, ou em vigília no decorrer do dia, o importante é prevenir. O uso de placas ortopédicas, por exemplo, levam a mordida (oclusão) na posição ideal em relação à articulação temporomandibular, permitem a livre movimentação da mandíbula sem ocasionar danos ao sistema e contribuem para a proteção dos dentes.

“Esse é um dos princípios que trabalhamos no consultório. Desde os simples restauros até as complexas reabilitações orais, preconizamos o equilíbrio da mordida seguindo as guias de proteção dentária, cujos dentes anteriores preservam os posteriores e os caninos amparam o sistema. Ou seja, o correto entrosamento traz proteção e longevidade e, consequentemente, evita que o excesso de força sobre um dente resulte em desgastes prematuros”, esclarece.

Contudo, Gorino destaca que a prevenção será sempre o melhor tratamento. Ela enfatiza que os dentes são resistentes e aguentam grandes forças mastigatórias ao longo da nossa vida, então, é comum observarmos pequenas trincas e fissuras em suas estruturas. Consultas semestrais com o dentista também evitam que o problema continue progredindo. “Quando acompanhadas por um profissional, as restaurações, os tratamentos endodônticos e/ou protéticos estarão intervindo menos, o que resultará em uma saúde bucal cada vez mais hígida”, finaliza.

Dra. Flávia Gorino/Divulgação

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